* Ritinha preferiu chegar trinta minutos antes do horário da entrevista.
Aquela oportunidade era interessante demais.
Suzana, sua grande amiga, após descobrir a vaga, avaliando que o emprego seria um excelente começo para Rita, conseguiu agendar a conversa decisiva com um dos donos da empresa.
_ Senhorita Rita Santos, por favor!
Rita obedeceu prontamente a convocação da secretária.
O susto que Rita experimentou, adentrando a sala, quase fez o seu coração sair do peito.
_ André? É você?
O reencontro parecia um capricho do destino o qual ela nunca esperava nem desejava.
* Dois anos eles namoraram, noivaram, combinaram casar, porém as brigas sucessivas, motivadas pelo ciúme exagerado do rapaz, fizeram Rita desistir quinze dias antes de formalizar a união.
A alegre Ritinha recebeu diversas críticas, mas não ligou.
Completando vinte e dois anos, faltando pouco para finalizar o curso de Direito, ela percebeu que o matrimônio significaria a perda da liberdade a qual tanto amava.
Seguindo preceitos rigorosos da tradição machista, André jamais a incentivou, repetindo que seria capaz de sustentar a família sozinho.
Além disso, ele não aceitava que a jovem desenvolvesse amizades, queria controlar os mínimos passos de Ritinha, pedia exclusividade, insistia com atitudes as quais atrapalhavam a harmonia do casal e eliminaram o entusiasmo da noiva.
Rita tentou, foi tolerante, buscou compreender o belo rapaz, no entanto não arriscou todas as fichas no romance.
Ela costumava afirmar, ressaltando uma sabedoria precoce, que “só devemos apostar todas as fichas na felicidade”.
Depois de três anos, Ritinha imaginava que André viajara com os pais conforme ele garantiu fazer na última conversa dos dois.
* _ Sim, Ritinha! Sou eu.
_ Você armou isso tudo, André?
_ Não! Eu só fiquei sabendo que a candidata, tão bem recomendada pela amiga do meu sócio, o outro dono dessa empresa, era você uma hora atrás.
_ Mesmo assim, não cancelou a entrevista?
_ Por que cancelar? Não precisamos misturar as coisas. Eu vou te entrevistar, avaliar se você merece a vaga, te contratar ou não. O nosso passado não...
_ Admiro demais o seu aparente desprendimento, entretanto lamento informar que não haverá entrevista alguma.
_ Você vai desistir de um ótimo emprego por orgulho bobo?
_ Pode ser orgulho bobo, mas, há três anos, eu fugi da sua prepotência e rejeitei o seu ciúme doentio. Você acha que agora eu toparia defender sua empresa como advogada?
_ Por que não tentar? Você defenderia a empresa, não a mim.
_ Tchau, André!
Rita saiu bruscamente sem escutar os argumentos do rapaz.
* André, após Ritinha sair, cancelou os outros compromissos da tarde.
No final da manhã, antes de almoçar, quando conferiu o nome da moça que seria entrevistada, o rapaz ficou muito surpreso.
Ele decidiu que a coincidência merecia uma atenção profissional.
Enfatizou a objetividade, porém imaginou que talvez o contato formal pudesse favorecer uma reaproximação.
O rompimento de Rita mexeu demais com o rapaz.
Na ocasião, ele planejou, nutrindo a dor da separação, viajar com os pais e morar no exterior, no entanto abandonou esse projeto dias depois.
Resolveu ficar no Brasil e trabalhar sem o amparo dos pais.
Acreditava agora que agiu bem.
Sentia-se hoje mais maduro.
Nessa nova fase, teve um ou dois namoricos, contudo nunca esqueceu a ex-noiva Ritinha.
A possibilidade de trabalhar ao lado dela reacendeu a esperança.
A chama aqueceu a alma do jovem empresário.
Ritinha demonstrou, todavia, que a história dos dois não estimulava nenhum retorno ou novas edições.
* Depois de telefonar para Suzana agradecendo e explicando o que aconteceu, Ritinha decidiu dormir.
Na cama, antes do sono, sorriu satisfeita.
Reencontrar André não reanimou o romantismo do passado, ou seja, ela pôde confirmar que o intenso gostar de outrora sumiu.
Ótimo!
Nesse momento, trabalhar ao lado de André seria um retrocesso o qual não combinava com as aspirações de Rita.
Outras oportunidades apareceriam.
O importante era permanecer valorizando a liberdade, fundamental quando queremos construir um porvir venturoso.
Ela possuía a competência, a vontade e o espírito de independência.
Sem dúvida alguma, a moça carregava consigo fichas preciosas rumo à conquista da felicidade.
Se todas as fichas de Ritinha eram as melhores, por que não apostá-las com total confiança?
Um abraço!
Aquela oportunidade era interessante demais.
Suzana, sua grande amiga, após descobrir a vaga, avaliando que o emprego seria um excelente começo para Rita, conseguiu agendar a conversa decisiva com um dos donos da empresa.
_ Senhorita Rita Santos, por favor!
Rita obedeceu prontamente a convocação da secretária.
O susto que Rita experimentou, adentrando a sala, quase fez o seu coração sair do peito.
_ André? É você?
O reencontro parecia um capricho do destino o qual ela nunca esperava nem desejava.
* Dois anos eles namoraram, noivaram, combinaram casar, porém as brigas sucessivas, motivadas pelo ciúme exagerado do rapaz, fizeram Rita desistir quinze dias antes de formalizar a união.
A alegre Ritinha recebeu diversas críticas, mas não ligou.
Completando vinte e dois anos, faltando pouco para finalizar o curso de Direito, ela percebeu que o matrimônio significaria a perda da liberdade a qual tanto amava.
Seguindo preceitos rigorosos da tradição machista, André jamais a incentivou, repetindo que seria capaz de sustentar a família sozinho.
Além disso, ele não aceitava que a jovem desenvolvesse amizades, queria controlar os mínimos passos de Ritinha, pedia exclusividade, insistia com atitudes as quais atrapalhavam a harmonia do casal e eliminaram o entusiasmo da noiva.
Rita tentou, foi tolerante, buscou compreender o belo rapaz, no entanto não arriscou todas as fichas no romance.
Ela costumava afirmar, ressaltando uma sabedoria precoce, que “só devemos apostar todas as fichas na felicidade”.
Depois de três anos, Ritinha imaginava que André viajara com os pais conforme ele garantiu fazer na última conversa dos dois.
* _ Sim, Ritinha! Sou eu.
_ Você armou isso tudo, André?
_ Não! Eu só fiquei sabendo que a candidata, tão bem recomendada pela amiga do meu sócio, o outro dono dessa empresa, era você uma hora atrás.
_ Mesmo assim, não cancelou a entrevista?
_ Por que cancelar? Não precisamos misturar as coisas. Eu vou te entrevistar, avaliar se você merece a vaga, te contratar ou não. O nosso passado não...
_ Admiro demais o seu aparente desprendimento, entretanto lamento informar que não haverá entrevista alguma.
_ Você vai desistir de um ótimo emprego por orgulho bobo?
_ Pode ser orgulho bobo, mas, há três anos, eu fugi da sua prepotência e rejeitei o seu ciúme doentio. Você acha que agora eu toparia defender sua empresa como advogada?
_ Por que não tentar? Você defenderia a empresa, não a mim.
_ Tchau, André!
Rita saiu bruscamente sem escutar os argumentos do rapaz.
* André, após Ritinha sair, cancelou os outros compromissos da tarde.
No final da manhã, antes de almoçar, quando conferiu o nome da moça que seria entrevistada, o rapaz ficou muito surpreso.
Ele decidiu que a coincidência merecia uma atenção profissional.
Enfatizou a objetividade, porém imaginou que talvez o contato formal pudesse favorecer uma reaproximação.
O rompimento de Rita mexeu demais com o rapaz.
Na ocasião, ele planejou, nutrindo a dor da separação, viajar com os pais e morar no exterior, no entanto abandonou esse projeto dias depois.
Resolveu ficar no Brasil e trabalhar sem o amparo dos pais.
Acreditava agora que agiu bem.
Sentia-se hoje mais maduro.
Nessa nova fase, teve um ou dois namoricos, contudo nunca esqueceu a ex-noiva Ritinha.
A possibilidade de trabalhar ao lado dela reacendeu a esperança.
A chama aqueceu a alma do jovem empresário.
Ritinha demonstrou, todavia, que a história dos dois não estimulava nenhum retorno ou novas edições.
* Depois de telefonar para Suzana agradecendo e explicando o que aconteceu, Ritinha decidiu dormir.
Na cama, antes do sono, sorriu satisfeita.
Reencontrar André não reanimou o romantismo do passado, ou seja, ela pôde confirmar que o intenso gostar de outrora sumiu.
Ótimo!
Nesse momento, trabalhar ao lado de André seria um retrocesso o qual não combinava com as aspirações de Rita.
Outras oportunidades apareceriam.
O importante era permanecer valorizando a liberdade, fundamental quando queremos construir um porvir venturoso.
Ela possuía a competência, a vontade e o espírito de independência.
Sem dúvida alguma, a moça carregava consigo fichas preciosas rumo à conquista da felicidade.
Se todas as fichas de Ritinha eram as melhores, por que não apostá-las com total confiança?
Um abraço!