Iguapenses, com "I" em Maiúsculo!
O maior prazer em nossas vidas não é o aniversário em si; é quando os amigos lembram-se dele e, de alguma maneira, fazem-nos algo que deixará a data memorável. Em dada ocasião eu mesmo esqueci do meu próprio aniversário! Então, amigos lembraram-me com um lindo "Parabéns!" logo pela manhã. Foi excepcional! A data, por si só, é apenas mais uma dentre tantas outras no calendário, servindo-nos para lembrar que estamos envelhecendo... Tratando-se do local que moramos e tanto queremos bem, é importante lembrarmo-nos de outras aspectos. Afinal, é o momento em que se comemora o tempo em que - oficialmente - gerações e mais gerações de pessoas habitam esta terra. São 467 anos e é costumeiro considerar que uma nova geração surge a cada 25 anos. Assim, nesses 467 anos teríamos algo em torno de 19 gerações de Iguapenses . Decorrendo quase metade de um milénio o início da ocupação europeia nestas paragens, a história do povo aqui formado confunde-se com a do resto do nosso País. O Brasil experimentou diversos ciclos económicos e, até 1890, a própria história de Iguape confunde-se com a do país.
Experimentamos diversos momentos de ascensão económica, notadamente com atividades portuárias e de navegação fluvial. Porém, a realidade hoje nos impele o triste rótulo de região mais pobre do Estado de São Paulo.
Há dez anos o caro editor do querido mensário Tribuna de Iguape vem publicando diversos artigos, trazendo a você - estimado leitor - aspectos históricos, culturais e do cotidiano da nossa cidade. Essa empreitada do amigo Roberto comemora, neste mês, dez anos! Parabéns a todos que colaboram para a existência da Tribuna de Iguape. Principalmente a vocês, caros leitores... Sem a dedicação com a qual lêem, criticam e opinam, com toda certeza esse artigo não seria escrito e a Tribuna de Iguape não mais existiria! Parabéns a todos! Vida longa à Tribuna de Iguape!
Iguape, idosa e gentil senhora esmerada no acolhimento dos filhos e visistantes, em comemoração ao seu aniversário mereceria um presente diferente! Como toda mãe generosa, o que ela mais gosta é de ver o êxito dos filhos. Que eles estejam morando dignamente, alimentando-se bem, vestindo-se adequadamente, e até educando-se. Pois bem... Cabe a nós, filhos adotivos e nativos deste solo que é mãe gentil, a exemplo do Brasil, observarmos com mais cuidado o destino que Iguape tomará nos próximos anos. Há muitas gerações as pessoas são "expulsas" desta nossa terra, partindo para outras cidades em busca de estudo e trabalho. É chegada a hora de buscarmos soluções para o nosso desenvolvimento económico, proporcionando condições para que os nossos filhos e netos estudem, trabalhem e criem uma Iguape próspera. Existe alguma cidade que desenvolve-se sem que as pessoas também se desenvolvam? Não há, de forma alguma, qualquer local que progrida sem que as pessoas que nele estão também avancem! Vamos procurar soluções para os entraves, discutir, aliar-se às pessoas que desejam que o aniversário da nossa cidade não seja apenas mais uma data festiva. Passada a Festa, com seus costumeiros exageiros só haverá a ressaca... digo, a conta para ser paga pelo Contribuinte(todos nós), e nada houve em melhoria das condições de vida da população. O desemprego é grande, a educação precária e, consequência disto tudo, seria uma data para reflexões sobre o rumo que estamos impingindo a uma terra tão maravilhosa e que insistimos em manter na miséria atual, enquanto as pessoas a deixam. Os últimos dez anos, marcados pela existência da Tribuna de Iguape, nos servem como uma boa referência para reflexões; muitos artigos foram desenvolvidos por um grande número de pessoas interessadass em ver a nossa cidade melhor. Está na hora de agir, convocando os Iguapenses para mostrar o seu valor neste exato local; não é preciso que eles sigam pra outro local e então, mostrando o quanto são pessoas de valor para sociedade, façam parte do sucesso que as outras cidades obtêm. Os Iguapenses, os que tiverem o "I" em maiúsculo, podem contribuir com sua força e garra para a solução dos problemas desta cidade tanto amada e tão abandonada pêlos seus... Não a abandonemos! Vamos, juntos, provar que nossa cidade é viável!