O Dragão Branco
 
Eu, como já disse, não gosto de televisão, por vários fatores que não vou enumerar, pois este não é o proposito do texto, mas sempre que presto atenção em algo este “algo” me inspira de alguma forma; desta vez o que vi me levou a pensar em um fator que todos sabem, mas não consideram: Somos todos HUMANOS! Negros, branco, amarelos, vermelhos; homens , mulheres, gays; americanos, japoneses, latinos, orientais; Judeu, mulçumano, evangélico, espirita, espiritualista...Enfim, o que somos nós? Uma pergunta que se perde em um mar de filosofia, de crenças e culturas. Mas sabemos, somos todos filhos do mesmo planeta, pertencentes a uma única raça, e já sabemos quão destruidores podemos ser na mesma medida em que somos reconstrutores e criadores; não existe mais inocência em nosso espirito, pois sabemos exatamente que somos iguais, em essência, em alma e poder, tanto quanto somos iguais na carne, no sangue e ossos! Então parece ser palavras ao vento, ou desnecessário qualquer discurso contra a separação de pessoas, a exclusão de pessoas, por raça, credo, nacionalidade, opção sexual e etc...(etc, dizia um professor meu, que não é algo inteligente de se usar, mas, vamos combinar, tantos são os motivos que fazem o ser humano entrar em atrito contra a sua própria espécie que...um “etc” se faz necessário). Quantos, cada qual a sua forma, nasceram predestinados para despertar esta consciência no ser humano? Pessoas que se tornaram notáveis por seus talentos, conquistas e ideias; por serem corajosas, amorosas, e também violentas e extremistas...Suas mortes sempre na margem da juventude, mortes violentas, ou não, por que buscaram assim, ou não, parece que nascem dizem o que de fato querem e quando conseguem simplesmente morrem... Mas será que conseguem? Será que entendemos estes seres que se fazem notáveis? Ou só usamos eles como objeto de idolatria e distração? Alexandre o Grande é visto como o homem mais violento de toda historia, nossa cultura é influenciada por suas conquistas, mas desde que li sobre Alexandre, logo na primeira vez pude capturar a essência verdadeira de sua luta; nunca pensei que fosse só por glória, mas existia nele um diferencial dos gregos de sua época, ele queria unir-se com outras culturas, respeitava as mesmas, podia sentir-se superior aos gregos, mas não aos povos conquistados; isso não desculpa seus excessos, mas seus excessos, aos meus olhos, não ofuscam a essência da alma que anseia por igualdade, que quer dizer, mesmo que pelo o fio da espada e a conquista de todo o mundo, que todos são iguais. De alguma forma ele quis dizer isso. Jesus nasce três séculos depois e com todo amor do mundo, sem sangrar, sem cortar cabeças, sem matar, chama a atenção de todos para a verdadeira essência da existência, ele não separa, ele não julga, e sim uni todos em um só corpo e aceita qualquer um, até mesmo o romano opressor. E tanto outros se ergueram... Tantos budas, guerreiros e artistas, sempre trazendo a mesma mensagem...SOMOS TODOS IGUAIS PERANTE DEUS, por que nos separamos? Por que somos injustos? Por que? Um exemplo mais recente é o mito Michael Jackson, ele tinha uma mensagem de amor, ele tinha, e ele passou esta mensagem, e hoje, eu posso dizer isso com propriedade, seus fãs brigam entre si, formando panelas para discutir quem foi mais ou menos fã dele quando este era vivo, isso é muito engraçado, para um olhar superficial existe uma discrepância gritante entre cada personagem que aqui citei o nome, será que existe mesmo? Ou somos nós ignorando que não importa quantos budas, guerreiros ou artistas nasçam para nos fazer aceitar o que já sabemos, sempre e sempre estaremos ainda na condição de homens das cavernas, carregando porretes e disputando pela parte maior da caça, brigando pela árvore mais alta, quem poderá sair a noite para adorar a lua e quem irá render tributos ao sol, e depois disso brigar para ver quem pode mais, se o sol ou a lua...Budas, guerreiro e artistas nascem e morrem, deixam marcas e dizem claramente a quê vieram, mas não são ouvidos de fato, embora saibamos o que somos e quem somos; embora saibamos o que é certo erramos e fazemos com que discursos milenares ainda sejam atuais e usuais, como pode isso? Já deveríamos ter pulado esta etapa, estamos atrasados, então vamos recuperar o tempo que perdemos, olhando para o espelho e dizendo para o Buda, o guerreiro e o artista que há dentro de nós: “ Quem somos, o que somos e a quê viemos? Estamos certos? Me ajude, acorde e desperte, me mostre o caminho, pois você conhece o caminho!” O que vi na televisão que me inspirou tais pensamentos? Bom... Um Jovem estrangeiro brigando por um lugar ao sol em um país de caucasianos julgadores, preconceituosos e imperialista, a “Roma” do novo mundo, EUA. Em uma entrevista perguntam para este jovem artista e guerreiro... - O que é você, americano ou chinês? E ele responde: -Eu? Sem querer parecer filosofo, nem um dos dois, sou um ser humano. E considero que somos iguais na presença de Deus. Quando conseguiu ter seu trabalho reconhecido pela “Roma” do novo mundo, ele morreu. Eu, Luana, não vi seu nascimento e sua morte, ouvi seu nome e pouco de seu trabalho recebeu minha atenção, mas hoje resolvi adentrar no universo deste ser humano e compreendi a essência de sua obra. Este jovem se chamou Bruce Lee.
Noah Aaron Thoreserc
Enviado por Noah Aaron Thoreserc em 25/10/2013
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