INCOMPREENSÃO.

Quero ser no mínimo um compreensivo e justo nesta jornada, o que persigo em minha vida, fico feliz e isso me basta, e quero que todos saibam que minhas interlocuções neste espaço, já que resolvi escrever alguma coisa na internet, visam aumentar o que esclareço e por vezes fica nebuloso, e se comento comentários é para mais esclarecer, e elogiar, e creio que não critico a não ser crítica construtiva que dimensiona o pensamento. Meu tribunal habita minha consciência e meus valores têm formalização amanhada.

A incompreensão tem que ser compreendida, é minha postura. Não basta apregoá-la ou tentar dar seus conceitos, como alguns fazem por mera retórica exibicionista e primária, tem que ser entendida e principalmente exercida. Se não há raiz inexistem frutos, fácil de inferir na disfunção. Não conseguir compreender por alguma disfunção é compreensível. Entender alusão positiva como negativa faz parte desse contexto. Nada posso fazer além de esclarecer mais. O que incomoda, e a internet dá testemunho disso, por isso a chamo de grande laboratório, é ver esse Brasil infantilizado.

A incompreensão psíquica pode ter origem nesse déficit de aparelhamento contornável. Não são todos que têm o privilégio de serem levados pelo rio do entendimento ao mar da compreensão. Compreensão é irmã da compaixão. E muitos precisam de compaixão, notadamente os que não estão aptos a compreender.

É necessário filtrar e redirecionar arestas para a compreensão ser absorvida logo que deve estar acima de tudo. Os conflitos na sociedade são muitos e poucos podem penetrá-los com saciedade. A incompreensão é emocional ou operacional-educacional.

Para uns há reversão se trabalhada a incompreensão, para outros que não se adequaram à reeducação nesse sentido, embora tentada a melhora, não há volta. Como disse o sábio Steintalz, “o excesso de informação traz insciência”. Por quê? Por não se sedimentar. É assim a disfunção que traz incompreensão, pura algaravia. Colhe-se aqui e ali informações não absorvidas satisfatoriamente, e colocadas em uma bacia de conveniências alicerçam convicções que não são próprias, e se embaralham, e embaralham o pensamento. Não são muitos que estão preparados para entronização da informação. A dificuldade em entender textos é significativa.

Exercitar compreensão largamente para tentar ajudar se impõe, não basta lecionar sobre compreensão e não exercê-la por ignorá-la. Dessa escola ninguém deve participar, incide em desensinar. Sob pena de hipocrisia, seria didática do erro. A escola de Maquiavel ensina que alguns, poucos, aprendem sozinhos, outros ensinados, alguns nem ensinados aprendem. Nestes acontece a impossibilidade de compreender; o que compreendo. É preciso esforço para crescer na compreensão, além da vontade está o sentimento, que afasta inclusive a disfunção.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/10/2013
Reeditado em 25/10/2013
Código do texto: T4541659
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