PODER DIGITAL
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Poder do toque. Ou: toque do poder. O poder de fazer mais. E de fazer mais, em inglês: ”The power to do more”. Apenas o toque é que ainda é necessário. As telas touchscreen estão por todo lado, seja sob a forma de um smartphone seja um tablet, cujas telas são sensíveis ao toque digital. Telas que dispensam os teclados QWERTY e mouses para operar. Curiosamente, a sigla QWERTY corresponde às seis primeiras letras do teclado, inclusive das antigas e obsoletas máquinas de escrever. Vale conferir se você não as sabe de cor. Em suma, acho que ninguém imaginava claramente a que ponto poderíamos chegar. Muito menos a que ponto chegaremos. A velocidade na comunicação é hoje uma obsessão, principalmente entre os jovens. É comum a gente ver dois jovens ou duas crianças lado a lado comunicando-se por meio de um aparelhinho na mão, sem falarem uma só palavra entre si.
E toda essa tecnologia é transmitida internacionalmente em inglês. Por falar em inglês, não necessariamente falar inglês, o que não é fácil, essa língua hoje está também por todo lado, monopolizando inúmeros setores. Outro dia, submeti-me ao um exame no campo da oftalmologia, em Belo Horizonte. O resultado veio em quatro páginas, de gráficos e legendas, sem sequer uma palavra em português, a não ser meu nome. Em geral as pessoas decoram termos básicos, aportuguesando-os na pronúncia. Mas são tantos que já constituem extensos glossários.
Antigamente se usavam os dedos sobretudo em trabalhos manuais. Hoje vivemos a era digital, em que os dedos são intensamente usados em teclados e na própria tela, mediante toques sutis. O dedo indicador é, sem dúvida, o mais trabalhador.
Moral da história: o progresso da eletrônica tem sido avassalador. É preciso estarmos prevenidos. O ser humano poderá se transformar num robô. Penso na frase de Albert Einstein: “Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interação humana; e o mundo terá uma geração de idiotas”.