De uns tempos para cá
É um tipo de escravidão onde eu sou o senhor. Sem chances! Nada muito fútil me atrai. Meu negócio é cheiro, suor, lágrimas, sorrisos, meu negócio é amor de verdade. Minha posição no mundo não me dá o direito de me esquivar a algo tão supérfluo e vazio.
Não posso responder ao que queres. Eu sei que eu sei mas não posso e não vou! Na visão do poeta mesmo ele não sabendo de nada desconfiava de um montão de coisas! Eu sou cheio e farto, eu sou realizado. No fundo no fundo eu sou é desconfiado. Desconfiado do sorriso fácil demais, do agrado grátis, da cadeira puxada. Eu não sei de nada, como posso saber? Me encante, me busque, me assuste! Caso contrário eu continuo no controle! Sinceramente não sei, sinceramente não posso! Te convido a um desafio e se conseguires me vencer talvez eu cante em aramaico! Engraçado? Qual o motivo do sorriso tão forçado? Por favor, não se esconda! Revele-se! Revele-se inteiramente no que és de verdade. Pode parecer arrogante meu confronto, mas não, não é. Assim é a vida, de pijamas pela casa e cabelo todo desarrumado. Tudo muito estratificado me brocha! Com o perdão da palavra, mas é sério. Não sei a que pé dará isso e nem se sobrevivo para ver. De todas as coisas que não sei a única que realmente não posso deixar não de saber, mas de querer, é justamente esta. A mania desse século, que insiste em me querer e como bom vivente que sou, me nego, me escondo. Escondo do inimigo e camuflado eu sigo me revelando silenciosamente ao mundo!