LOUCURA OU SENSIBILIDADE DEMAIS ?
O grande filósofo francês, Léon Denis, dentre vários pensamentos, tinha um que dizia, que até chegarmos ao reino hominal, estagiamos, nos reinos: mineral, vegetal e animal.
Sem entrar no mérito da ideia, do emérito pensador, tenho eu, no alto do meu pouco saber, as minhas crenças. Elas são, em boa parte, resultado da observação constante que dedico a natureza.
Hoje, foi dia do jardineiro, vir cuidar do meu jardim e quintal.
Cesar, há mais de uma década, zela pelos meus canteiros. Depois, do café habitual, antes dele começar, eu pedi a ele, para colher um dos cachos de banana.
O acompanhei, gosto de estar presente, pois sinto que a bananeira, chora ao sentir que lhe arrancam o filho.
Cesar, como de costume, acha graça em minha preocupação. Mas, também, fica cismado, com o líquido esbranquiçado, que cai sem parar, do pé de banana, e do cacho, ao ser cortado. Essas lágrimas ficam vertendo, durante varios minutos, e não há o que as estanque.
Como sempre faço, antes do enorme facão do jardineiro, decepar a ligação "maternal", do cacho com a bananeira, peço licença a bananeira, pois os frutos já estão no ponto de serem colhidos.
Mas, na hora da separação, sinceramente, não sei se acudo o filho (cacho) ou a mãe (bananeira). Pois o pranto é itenso, e a tristeza de ambos, é visível aos olhos dos que tem a alma sensível, ou a mente meio louca, vai se saber.
Se o filósofo francês, estiver certo, sem dúvida, começamos a exercitar a maternidade, quando estamos no reino vegetal, pois, só mesmo vendo de bem pertinho, o carinho com que a bananeira cuida do seu rebento, desde a hora que o cacho começa a despontar, até que as bananas estão no ponto de serem colhidas.
Há poucos minutos, fui olhar o cacho, que foi colocado sobre o armário na lavandeira. E o pranto continua a cair, pelo corte onde houve a ruptura, e faz pequena poça no chão.
Em seguida, fui, até o quintal, e lá está a bananeira, chorando mais que seu filho. Ao pé dela, as lágrimas fizeram uma grande poça,
Parece, pra mim, que ela olha desolada, suas irmãs, que vivem ao seu redor, e que ainda estão carregando cachos de bananas em crescimento, e se lamenta pelo filho que lhe arrancaram das entranhas.
Loucura ou sensibilidade demais? não sei dizer.
Só sei, que fico feliz, quando um novo cacho de bananas desponta, e triste na hora de separá-lo dos braços de sua mãe.
(Imagem: Lenapena)
O grande filósofo francês, Léon Denis, dentre vários pensamentos, tinha um que dizia, que até chegarmos ao reino hominal, estagiamos, nos reinos: mineral, vegetal e animal.
Sem entrar no mérito da ideia, do emérito pensador, tenho eu, no alto do meu pouco saber, as minhas crenças. Elas são, em boa parte, resultado da observação constante que dedico a natureza.
Hoje, foi dia do jardineiro, vir cuidar do meu jardim e quintal.
Cesar, há mais de uma década, zela pelos meus canteiros. Depois, do café habitual, antes dele começar, eu pedi a ele, para colher um dos cachos de banana.
O acompanhei, gosto de estar presente, pois sinto que a bananeira, chora ao sentir que lhe arrancam o filho.
Cesar, como de costume, acha graça em minha preocupação. Mas, também, fica cismado, com o líquido esbranquiçado, que cai sem parar, do pé de banana, e do cacho, ao ser cortado. Essas lágrimas ficam vertendo, durante varios minutos, e não há o que as estanque.
Como sempre faço, antes do enorme facão do jardineiro, decepar a ligação "maternal", do cacho com a bananeira, peço licença a bananeira, pois os frutos já estão no ponto de serem colhidos.
Mas, na hora da separação, sinceramente, não sei se acudo o filho (cacho) ou a mãe (bananeira). Pois o pranto é itenso, e a tristeza de ambos, é visível aos olhos dos que tem a alma sensível, ou a mente meio louca, vai se saber.
Se o filósofo francês, estiver certo, sem dúvida, começamos a exercitar a maternidade, quando estamos no reino vegetal, pois, só mesmo vendo de bem pertinho, o carinho com que a bananeira cuida do seu rebento, desde a hora que o cacho começa a despontar, até que as bananas estão no ponto de serem colhidas.
Há poucos minutos, fui olhar o cacho, que foi colocado sobre o armário na lavandeira. E o pranto continua a cair, pelo corte onde houve a ruptura, e faz pequena poça no chão.
Em seguida, fui, até o quintal, e lá está a bananeira, chorando mais que seu filho. Ao pé dela, as lágrimas fizeram uma grande poça,
Parece, pra mim, que ela olha desolada, suas irmãs, que vivem ao seu redor, e que ainda estão carregando cachos de bananas em crescimento, e se lamenta pelo filho que lhe arrancaram das entranhas.
Loucura ou sensibilidade demais? não sei dizer.
Só sei, que fico feliz, quando um novo cacho de bananas desponta, e triste na hora de separá-lo dos braços de sua mãe.
(Imagem: Lenapena)