Jovem profissional
Um sapateiro aposentado setentão comunicativo e de bem com a vida, uma dessas pessoas que se diz ser um bom papo, numa roda de amigos das mais diversas idades e variado assunto, surgiu o tema de estar feliz com o próprio trabalho. Ele que trabalhou a vida toda em seu próprio negocio, gostava de dizer que era muito feliz como sapateiro, fez o que lhe dava prazer e sempre foi dono de si, não tinha grandes ambições e sempre teve o necessário. Na conversa com os mais jovens ficou um tanto quanto alarmado, pois descobriu que a maioria das grandes e médias empresas, tratam seus trabalhadores como máquina de gerar lucros. São fixadas metas de alcance mês e seus gerentes ao contrario do capataz de engenho que usava o chicote; usam o chicote da tortura psicológica: - Alcança a meta ou poderá ser despedido, e quanto mais o trabalhador produz mais é exigido, alguns chegam a levar trabalho para casa Não consideram o trabalhador como uma pessoa e vão sugando sua energia seu sangue até sua alma, arruinando sua saúde, comprometendo sua vida pessoal, social e familiar. Como resultado o sapateiro feliz encontrou jovens que fazem o que gostam, mas estão tristes, desesperançados, cheios de ansiedade e temerosos com o futuro.
O mundo seria melhor, se os jovens trabalhadores fossem valorizados como pessoa humana em sua empresa, se investisse na qualidade de vida e bem estar; teriam profissionais satisfeitos, estariam realizando o que gostam e a tão desesperada busca do lucro viria naturalmente, porque pessoas felizes vivem melhores, tem bom desempenho profissional, familiar, social e pessoal e ainda ganhariam satisfação no exercício de sua profissão.