QUEM PRECISA DE DESPERTADOR?
Definitivamente aposentei o despertador. Não preciso dele, com dúzias de sabiás-laranjeira, a cantar em meu quintal antes das cinco horas da manhã.
Os primeiros raios da nova aurora, abriam as cortinas do dia, quando eu pisei sobre a grama orvalhada do meu jardim. Nos galhos da pitangueira e jabuticabeira, lá estavam eles, fazendo a corte para suas futuras companheiras.
Bem quieta, fiquei a admirar a cantoria, a delicadeza com que, esses pássaros conduzem a corte, que precede ao acasalamento em meio da estação da primavera.
Depois, devagar caminhei pelo quintal, quebrei meu jejum, com algumas jabuticabas doces como mel, que mais pareciam pérolas negras de tão belas.
Fui até a cozinha, e preparei a bandeja com bananas e mamão, para a passarada, pois, os bem-te-vis, sanhaços, pardais, maritacas, já me olhavam inquietos pousados nos galhos das árvores, como a perguntar: "quando vai sair dessa contemplação, e nos alimentar?"
Em seguida, fui olhar minha pequena horta, quando voltei de viagem, plantei sementes de rúcula, salsinha, alface. E o verde começa a tomar conta da terra. Aproveitei para tirar algumas ervas daninhas, e regar o canteiro.
De repente, voltei meu olhar para as iris, nessa época do ano, essas flores estão lindas, enfeitando uma parte do jardim.
Me lembrei, que em um canto especial, estão os três pés de copos de leite, eu diria que eles são o meu xodó, existe um motivo especial para isso. As mudas de copos de leite, foram plantadas por minha vó Carmela, foram as últimas, que ela teve força para plantar. E na primavera, as flores brancas e lindas, enfeitam um cantinho do meu jardim.
Por fim, voltei para o interior de minha casa, para tomar meu café da manhã, estranhamente me sentia sem apetite. Parecia que minha alma se alimentara de tal forma com tanto encanto, vindo da natureza, que meu corpo mostrava-se saciado, sem sede ou fome.
A chaleira com seu apito estridente, despertou meus pensamentos, despejei a água fervente sobre o os galhos de hortelã, que havia acabado de colher em minha horta, esperei alguns minutos, antes de sorver cada gole do delicioso chá, e o fiz, agradecendo a Deus, pelo presente de um novo amanhecer.
(Imagem: Lenapena - Copo de leite)
Definitivamente aposentei o despertador. Não preciso dele, com dúzias de sabiás-laranjeira, a cantar em meu quintal antes das cinco horas da manhã.
Os primeiros raios da nova aurora, abriam as cortinas do dia, quando eu pisei sobre a grama orvalhada do meu jardim. Nos galhos da pitangueira e jabuticabeira, lá estavam eles, fazendo a corte para suas futuras companheiras.
Bem quieta, fiquei a admirar a cantoria, a delicadeza com que, esses pássaros conduzem a corte, que precede ao acasalamento em meio da estação da primavera.
Depois, devagar caminhei pelo quintal, quebrei meu jejum, com algumas jabuticabas doces como mel, que mais pareciam pérolas negras de tão belas.
Fui até a cozinha, e preparei a bandeja com bananas e mamão, para a passarada, pois, os bem-te-vis, sanhaços, pardais, maritacas, já me olhavam inquietos pousados nos galhos das árvores, como a perguntar: "quando vai sair dessa contemplação, e nos alimentar?"
Em seguida, fui olhar minha pequena horta, quando voltei de viagem, plantei sementes de rúcula, salsinha, alface. E o verde começa a tomar conta da terra. Aproveitei para tirar algumas ervas daninhas, e regar o canteiro.
De repente, voltei meu olhar para as iris, nessa época do ano, essas flores estão lindas, enfeitando uma parte do jardim.
Me lembrei, que em um canto especial, estão os três pés de copos de leite, eu diria que eles são o meu xodó, existe um motivo especial para isso. As mudas de copos de leite, foram plantadas por minha vó Carmela, foram as últimas, que ela teve força para plantar. E na primavera, as flores brancas e lindas, enfeitam um cantinho do meu jardim.
Por fim, voltei para o interior de minha casa, para tomar meu café da manhã, estranhamente me sentia sem apetite. Parecia que minha alma se alimentara de tal forma com tanto encanto, vindo da natureza, que meu corpo mostrava-se saciado, sem sede ou fome.
A chaleira com seu apito estridente, despertou meus pensamentos, despejei a água fervente sobre o os galhos de hortelã, que havia acabado de colher em minha horta, esperei alguns minutos, antes de sorver cada gole do delicioso chá, e o fiz, agradecendo a Deus, pelo presente de um novo amanhecer.
(Imagem: Lenapena - Copo de leite)