Oi Família, Ei Vida
São muitos, como se fossem únicos.
Parecem tribo que ainda se fortalece na forte identidade defendida de cada um.
São muitos, como se fossem únicos...
Tem uma destreza nas mãos, um toque de artista que transforma o que tocam: pintam e bordam.
Esculpem e amam as cores da terra
Cultivam e oram em mesa repleta de cheiros e aromas de Minas.
Geral e universal essa beleza.
Maçãs do rosto salientes, olhos e sorrisos que brilham.
Mas o que brilha mesmo é uma generosidade imensa guardada em cada um dos corações desta grande fraternidade.
Apesar da teimosia, apesar do jeito quase nobre, quase esnobe, no andar das lindas meninas, nossas filhas e netas , que hoje desfilam por aí, como se fosse usual, corriqueira, tamanha elegância: basta uma flor no cabelo,
um lenço jogado, a invenção de um olhar de topázio, turmalinas e quartzo ou de águas que rolam em cachoeiras de pouco chorar, de lágrimas contidas e preciosas
De onde vieram?
Da claridade dos Balcãs?
Trieste, Belgrado , Lubiliana, Zagreb?
*A s moças saídas das fábricas pareciam rainhas: seriam Doras, Marias, Virgínias, Neuzas, Joanas, Luizas, Amandas, Julietas, Catarinas , Marinas, Lauras, Anitas, Brisas, Manhãs, Morenas?
Ou Joãos , Ronaldos ,Carlos, Jorges, Franklins, Eduardos, Marcos, Brunos, Dragotins, Marcelos, ?Anjos teimosos:Gabriel, Samuel
Gente de muitos nomes inventados. A cabeça dessa gente, funciona de um jeito singular.
Olhares perdidos em sonhos... São os filhos de Tom, Tomas: trabalham madeiras diversas, esculpem ferro cobre e luz: crianças podem tudo, são vidas e obedecem ao amor, ei vida!
De um só e doce pecado frutas sementeiras muitas, tantas, brotaram no coração de João e Catarina
Ao fundo o som de uma terra nova, o céu de estrelas e a música do apito de um trem.
Tantos quilômetros de trilhos, laços humanos, adeuses, aos deuses partidos, partidas.
Os trilhos são curvos como os rios de Todos os Santos de nossas vidas em vales maiores do Mucuri.
Foram mais de cem anos, quase Macondo sem solidão, no alicerce bem plantado, paredes de adobe, forte como o ferro de uma só tenda: é logo ali onde mora, cheia de mesclas de brilhos e carinhos uma só identidade, Tomich, corrente comprida de muitos elos de afeto.
Conjugações diversas do verbo mais que amar
e nunca se deram conta de uma certa nobreza displicente.
São muitos, como se fossem únicos
Bem vindos Tomichs presentes de fontes que ainda brotam em pomares além terra
Bem vindos, egressos desta saga de dignidade
Oi, Família
Elane Tomich
*obs: qdo Elane esteve na Croácia presenciou esta cena marcada com *
21/07/2012
São muitos, como se fossem únicos.
Parecem tribo que ainda se fortalece na forte identidade defendida de cada um.
São muitos, como se fossem únicos...
Tem uma destreza nas mãos, um toque de artista que transforma o que tocam: pintam e bordam.
Esculpem e amam as cores da terra
Cultivam e oram em mesa repleta de cheiros e aromas de Minas.
Geral e universal essa beleza.
Maçãs do rosto salientes, olhos e sorrisos que brilham.
Mas o que brilha mesmo é uma generosidade imensa guardada em cada um dos corações desta grande fraternidade.
Apesar da teimosia, apesar do jeito quase nobre, quase esnobe, no andar das lindas meninas, nossas filhas e netas , que hoje desfilam por aí, como se fosse usual, corriqueira, tamanha elegância: basta uma flor no cabelo,
um lenço jogado, a invenção de um olhar de topázio, turmalinas e quartzo ou de águas que rolam em cachoeiras de pouco chorar, de lágrimas contidas e preciosas
De onde vieram?
Da claridade dos Balcãs?
Trieste, Belgrado , Lubiliana, Zagreb?
*A s moças saídas das fábricas pareciam rainhas: seriam Doras, Marias, Virgínias, Neuzas, Joanas, Luizas, Amandas, Julietas, Catarinas , Marinas, Lauras, Anitas, Brisas, Manhãs, Morenas?
Ou Joãos , Ronaldos ,Carlos, Jorges, Franklins, Eduardos, Marcos, Brunos, Dragotins, Marcelos, ?Anjos teimosos:Gabriel, Samuel
Gente de muitos nomes inventados. A cabeça dessa gente, funciona de um jeito singular.
Olhares perdidos em sonhos... São os filhos de Tom, Tomas: trabalham madeiras diversas, esculpem ferro cobre e luz: crianças podem tudo, são vidas e obedecem ao amor, ei vida!
De um só e doce pecado frutas sementeiras muitas, tantas, brotaram no coração de João e Catarina
Ao fundo o som de uma terra nova, o céu de estrelas e a música do apito de um trem.
Tantos quilômetros de trilhos, laços humanos, adeuses, aos deuses partidos, partidas.
Os trilhos são curvos como os rios de Todos os Santos de nossas vidas em vales maiores do Mucuri.
Foram mais de cem anos, quase Macondo sem solidão, no alicerce bem plantado, paredes de adobe, forte como o ferro de uma só tenda: é logo ali onde mora, cheia de mesclas de brilhos e carinhos uma só identidade, Tomich, corrente comprida de muitos elos de afeto.
Conjugações diversas do verbo mais que amar
e nunca se deram conta de uma certa nobreza displicente.
São muitos, como se fossem únicos
Bem vindos Tomichs presentes de fontes que ainda brotam em pomares além terra
Bem vindos, egressos desta saga de dignidade
Oi, Família
Elane Tomich
*obs: qdo Elane esteve na Croácia presenciou esta cena marcada com *
21/07/2012