SINFONIA DE PARDAIS

SINFONIA DE PARDAIS

Quanta beleza, progresso, encontra na majestosa cidade de Maringá. Suas avenidas, seus parques, bosques, palmeiras, seu traçado harmonioso, encantam a todos que a visitam e a conhecem.

A Catedral moderna elevando-se arquitetonicamente ao céu, inspira religiosidade, fraternidade, espalhando bênçãos àqueles que lá habitam.

A sua Universidade que tanto tem contribuído no campo educacional, cujo corpo docente conseguiu que muitos alunos colassem grau, fortalecendo assim a cultura paranaense.

É essa a Maringá onde tivemos a felicidade de residir por alguns anos, fazendo amigos e reconhecendo o trabalho profícuo daqueles que, com amor, tenacidade e vontade de progredir, contribuíram para o progresso do nosso querido Paraná.

Voltemos ao passado.

Aqui nossa modesta homenagem aos bravos pioneiros, desbravadores que, renunciando sua terra de origem, enfrentando desconforto, plantaram nas terras roxas do norte do Paraná, a semente da civilização e do progresso.

E é neste momento que não podemos esquecer a primeira professorinha Dirce, atualmente Dirce A Maia e residindo em Curitiba que, em plena juventude, com seus 18 anos de idade, deixando Macaé-RJ, sua cidade natal e a convite do cunhado Carlos Corrêa Borges, um dos que mais batalhou e não medindo esforços para o desbravamento de Maringá, criando e instalando a primeira escola isolada do Patrimônio Maringá, naquela época ainda distrito de Apucarana e contando com mais ou menos 20 casas.

E graças ao incentivo da Cia. Melhoramentos Norte do Paraná e acalentados pelo sonho do pioneirismo e do espírito incansável de desbravador que famílias como: Alfredo Nifler, Napoleão Moreira, João Tenório Cavalcanti, Osvaldo Bueno Neto, Carlos Correa Borges. Ermelino Bofler, Aníbal Goulart Maia, Gerardo Braga, Lafayette Tourinho, Antônio Periotto, João Paulino, Enio Pepino, Antonio Maluf, Aníbal Bianchini da Rocha, Adriano Valente e tantos outros que enfrentaram gigantescamente a árdua tarefa de abrir caminhos, derrubando matas, e preparando a terra para o plantio do café, que muitas vezes deixando-os alheios aos perigos que a mata ao ser derrubada

Apresentava.

Entretanto não deixou de ser gratificante o trabalho desbravador, o amor pela terra mesmo com a lembrança das noites mal dormidas, quando a chegada do inverno, uma geada iminente ameaçava seus lindos e recém-plantados cafezais e ainda o cansaço pela árdua tarefa do pioneirismo.

Mas quanta felicidade, quanta alegria, quando aos primeiros clarões da aurora constatavam que a geada não havia chegado e refazendo-se do cansaço podiam escutar tranqüilamente de suas varandas ornamentadas de palmeiras, a doce SINFONIA DE PARDAIS, ANUNCIANDO um belo e estonteante alvorecer.

Curitiba, 2002.

Páginas do livro da autora-Quando florescem os Cafezais

Dinah Lunardelli Salomon

Hanid
Enviado por Hanid em 17/04/2007
Código do texto: T453388
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