Atenção: Silêncio!
O que o silêncio nos revela afinal?
Silenciar é uma tarefa árdua, quando não se tem esse hábito. Falar, protestar, antecipar-se em responder, são hábitos comuns e naturalmente bem mais fáceis.
Há certas experiências para as quais as palavras são inadequadas. Quem consegue traduzir em palavras a emoção de uma mãe no parto, ou no enterro de seu filho? Que palavras poderão ser ditas para consolar alguém que perdeu tudo que tinha após uma enchente ou outra calamidade?
É praticamente natural sentirmo-nos inválidos no falar em alguma ocasião tão assustadora, e sem palavras, o silêncio vem nos fazer companhia.
O silêncio é temido por muitos, e há quem tenha hábito de deixar ou a tv ou o som ligado, pois não consegue conviver com o silêncio de vozes. Talvez seja por não querer ouvir a voz do coração ou da consciência.
Em ocasião de descanso, a procura por lugares em que haja silêncio, é uma necessidade.
Há quem conheça o silêncio total, ou o silêncio é relativo?
A questão desse artigo é saber quando se faz necessário o silenciar do falar. Que ocasião calar?
Momentos diversos existem e nem sempre temos ou nos dotamos de tempo para analisarmos o que dizer, mas em algumas circunstâncias, ganhamos muito se conseguirmos conter à tão famosa “língua”.
Tiago 3:8 afirma que “a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero.”. É assustadora essa afirmação, mas é verdadeira de tal forma que se faz necessário o silenciar.
Quantas vezes julgamos, penitenciamos alguém sem conhecer o real fato, apenas ouvimos alguém dizer ,ou achamos, eis então o famoso e antigo “achismo”.
Silenciar faz-se necessário em maior tempo que possamos imaginar, ouvir e analisar antes de falar é sábio, prudente e evita o mal, a discórdia.
Ralph Harper escreveu: “As coisas sérias precisam ser feitas em silêncio. Em silêncio os homens amam, oram, compõem, pintam, escrevem, pensam e sofrem.”. Melhor então é maravilharmo-nos do silêncio em favor de um crescimento moral, de um conforto para qualquer relação.
Há tempo para tudo, bem sabemos, pois essa afirmação procede de Eclesiastes, e esse tempo não é o meu tempo, nem o seu, esse é o tempo de Deus, o tempo que vem certo, exato e preciso: tempo para ouvir, tempo para analisarmos e tempo para falar.
A reflexão é o silêncio que a alma precisa para então poder usar de forma adequada o dom da palavra.
Mergulhemos nossa língua na profunda calmaria e deixamos que a palavra nos venha no momento adequado e que essa palavra seja uma bênção. Afinal, há tantas maldições que atormentam-nos, melhor é silenciarmos para o mal, e vivenciar o bem com palavras que elevam a alma de quem as fala e de quem as ouve.