CRISTO CONFIÁVEL.

É preciso entender essa horda de inexpressiva e deficitária compreensão, mais esquálida que a anorexia, pois Cristo é uma escola, e as escolas de excelência são de todos, principalmente quando são especialíssimas, muito mais quando é escola única.

Cristo não é de ninguém, não se dirigiu ao fundamentalismo de qualquer um, a exclusividades, mas aos filhos de Deus, a todos.

Ninguém, a não ser tolos, pretensiosos e estelionatários, detém seu mandato representativo, procuração não outorgada. Ele é universalidade.

Não escreveu livros do novo testamento, e nada disse sobre o antigo, a não ser que vinha para selar a nova aliança. Esse vaticínio foi recusado, é a história, historiografia registrada.

A arrogância da incultura pretende que Cristo prometa prosperidade, bens materiais, o que recusava determinando a distribuição a todos do que ofertava a natureza, sem retenções ou avareza. Em contrapartida os boletos estão passeando pelas religiões entre milagres ridículos e achaque visível, sob cinismo irritante. A ignorância agradece os milagres que fazem pessoas ascenderem a uma hierarquia social que nunca conheceram; são eleitos, exclusivos filhos de Deus. Quem não participa e não recolhe em boletos “não é eleito”, é um coitado, não tem essa primazia social de estar acima dos outros, como eleito.

Como a ignorância perderá esse “status”, ser um eleito? Foram guindados pela ignorância aos píncaros sociais, só eles participarão dos espaços divinos, privilégio de pouquíssimos.

Nisso o fundamentalismo que bate em nossas portas, como na minha, pretendendo vender “status”, pior, vendido por um Cristo que eles desconhecem. Essa pobreza espiritual, armadilha para a ignorância, prospera fazendo impérios sob a bandeira de um Cristo não confiável.

O Cristo confiável é o que ensinou a Lei Moral que essa comercialização desnatura.