Um Simples Gol.

Um Simples Gol.

Nunca teve uma vida sossegada, mas jamais reclamou. A graça estava na vida simples e nas coisas simples.

-Ahh, como era bom poder descrever sobre o universo e fingir que era rei! Sempre foi rei! Do seu pequeno mundo, criado por si, sempre foi rei. As alternativas contrárias também existiram.

Um paletó e uma gravata chegaram a lhe oferecer, mas a diversão estava na nudez do pensamento e na liberdade de sua visão.

Deixara mil coisas para exemplificar a suavidade do viver: em cores; rabiscos; em livros; e paixões, rabiscou o viver.

Ninguém, alguém jamais, ninguém percebeu ou se importou.

Assim foi a vida daquele que, quando criança escolheu viver e quando adulto escolheu morrer para a vaidade...

Hoje assistindo um fraco jogo de futebol vi um gol que será noticia amanhã logo cedo e estará nos principais jornais e o poeta do viver novamente não será comentado, nem mesmo por mim, que comprarei o jornal para ler os comentários sobre o simples gol...

Samuel Souza
Enviado por Samuel Souza em 18/10/2013
Reeditado em 23/06/2014
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