Lúcido? Eu?
Sinceramente nunca consegui entender nada. Me considero louco, aloprado, impaciente, falo sozinho, canto desafinado, sou observador e detalhista ao extremo, gosto das coisas pra ontem. Costumo esconder meus rascunhos de poesias para ninguém achar. Escondo tão bem que depois nem eu mesmo os encontro. Já você, pode o mundo desabar que nem se move do lugar e ainda reza para que o mundo acabe em barranco só para morrer encostado! Ah como eu queria ter só um pouquinho de barro na cabeça, acho que eu seria mais feliz. Só acho! Quer saber? Tem problema não, mudei de ideia, aliás, coisa que faço constantemente! Eu quero muito trabalho, muitas amizades, quero tudo e nada ao mesmo tempo, eu quero mais é viver sem barro na cabeça. Sendo assim, enquanto tu ainda vens com o milho, eu já estou é te aguardando com uma mesa decorada, com muita carne assada e uma bela polenta ao molho pronta. Eu nasci de um descuido, eu vim de um susto, me entenda! Eu não poderia ser diferente. Eu assumo, eu sou louco, mas sem barro na cachola, só sou louco e assim vou vivendo e mudando... mudando todos os dias os quadros de lugar e ajeitando tapetes pela casa!