* Nossas conversam facultavam um imenso prazer.
A satisfação era inesgotável.
Mais ou menos vinte horas, começávamos a papear.
O pai dela costumava retornar do trabalho nesse horário.
Ele cismava que nós namorávamos, porém jamais namoramos.
Todos acreditavam que nós éramos namorados.
Meus pais partiram com essa convicção.
Não existiu nem sequer um beijo.
Certa vez ela propôs um beijo ou uma flor.
Eu preferi a flor.
* Nossos papos algumas vezes começavam mais tarde.
Perto das doze badaladas noturnas, eu saía, na rua ao lado, e seguia até a casa de minha amiga.
Ficávamos conversando até duas, três horas.
Não havia um limite de tempo.
Depois eu retornava sereno (era o começo dos anos noventa).
Algumas vezes ela subia comigo e me levava até o inicio da rua.
* Sobre que assuntos nós conversávamos?
Existiam mil assuntos os quais poderiam seguir mil dias, sem cansaço, sem tédio, sem qualquer esgotamento.
A alegria de estar conversando motivava e bastava.
Se usávamos o telefone, as horas passavam sem a gente notar.
* Essa não seria uma história de amor perfeita?
Eu não sei dizer se sim ou não.
Um dia, conforme falei acima, ela pediu um beijo, talvez tenha ficado curiosa, quis provar outras sensações, tentar avançar, mas eu não topei.
* Minha amiga se casou, teve uma filha e infelizmente ficou viúva.
Após o casamento dela, algo mudou.
É óbvio que alterar o estado civil traz outras prioridades.
Hoje trabalha e cria a filha com extrema dedicação.
* Sinto bastante falta daquelas conversas!
Era muito bacana!
Existia uma enorme poesia conduzindo os nossos diálogos e a nossa relação, algo que jamais voltei a desfrutar, difícil de descrever, bem gostoso quando recordo.
* Após o casamento, já tivemos ótimas e demoradas conversas.
Antes a duração do papo combinava com o tempo da quaresma, hoje a gente conclui tudo, no máximo, dez horas após o “Olá!”.
É importante ser sucinto, não podemos mais abusar!
* Sobre a flor que substituiu o beijo, se nós dois somos amigos, não tem essa de provar outras sensações ou tentar avançar.
Não vale a pena misturar as coisas!
Ou vale?
Um abraço!
A satisfação era inesgotável.
Mais ou menos vinte horas, começávamos a papear.
O pai dela costumava retornar do trabalho nesse horário.
Ele cismava que nós namorávamos, porém jamais namoramos.
Todos acreditavam que nós éramos namorados.
Meus pais partiram com essa convicção.
Não existiu nem sequer um beijo.
Certa vez ela propôs um beijo ou uma flor.
Eu preferi a flor.
* Nossos papos algumas vezes começavam mais tarde.
Perto das doze badaladas noturnas, eu saía, na rua ao lado, e seguia até a casa de minha amiga.
Ficávamos conversando até duas, três horas.
Não havia um limite de tempo.
Depois eu retornava sereno (era o começo dos anos noventa).
Algumas vezes ela subia comigo e me levava até o inicio da rua.
* Sobre que assuntos nós conversávamos?
Existiam mil assuntos os quais poderiam seguir mil dias, sem cansaço, sem tédio, sem qualquer esgotamento.
A alegria de estar conversando motivava e bastava.
Se usávamos o telefone, as horas passavam sem a gente notar.
* Essa não seria uma história de amor perfeita?
Eu não sei dizer se sim ou não.
Um dia, conforme falei acima, ela pediu um beijo, talvez tenha ficado curiosa, quis provar outras sensações, tentar avançar, mas eu não topei.
* Minha amiga se casou, teve uma filha e infelizmente ficou viúva.
Após o casamento dela, algo mudou.
É óbvio que alterar o estado civil traz outras prioridades.
Hoje trabalha e cria a filha com extrema dedicação.
* Sinto bastante falta daquelas conversas!
Era muito bacana!
Existia uma enorme poesia conduzindo os nossos diálogos e a nossa relação, algo que jamais voltei a desfrutar, difícil de descrever, bem gostoso quando recordo.
* Após o casamento, já tivemos ótimas e demoradas conversas.
Antes a duração do papo combinava com o tempo da quaresma, hoje a gente conclui tudo, no máximo, dez horas após o “Olá!”.
É importante ser sucinto, não podemos mais abusar!
* Sobre a flor que substituiu o beijo, se nós dois somos amigos, não tem essa de provar outras sensações ou tentar avançar.
Não vale a pena misturar as coisas!
Ou vale?
Um abraço!