LA MADRE HELENA E A GELEIA DE ROSAS
Minha avó Helena foi a melhor cozinheira de nossa família. Foi, pois jamais teremos o prazer de saborear novamente suas receitas.
Seus pratos, incomparáveis, sempre copiados, nunca tiveram outros igualados ou, mesmo, assemelhados.
Um dos clássicos de sua cozinha era a geleia de rosas. De sabor e textura delicada, mantinha as pétalas úmidas e macias , e estas emprestavam cor e aroma à conserva. Bela e saborosa.
Era exímia cultivadora de rosas: o jardim à frente de sua casa comportava centenas de pés, floridos durante o ano inteiro. Para se ter ideia da magnificência do cultivo, quando meu avô morreu foi coberto por suas rosas prediletas, cor de coral. Apenas estas.
Pois bem. O que ia na sua geleia para torná-la tão especial?
Rosas, água e açúcar. Apenas isso. A diferença estaria no ponto da calda, no não mexer enquanto ferve (pois açucararia), no momento definitivo em que as pétalas deveriam ser colocadas e por quanto tempo.
Tente. Valerá a pena. Ainda que não consiga o melhor resultado nas primeiras vezes, poderá obter o néctar dos deuses com as belíssimas flores que encantaram seu jardim e, inevitavelmente, se perderiam.
É importante anotar: rosas de floricultura não se prestam à culinária, pois contém agrotóxicos. Utilize, apenas, rosas cultivadas em casa.
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Maria da Glória Perez Delgado Sanches
Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.