SOBRE A MALDADE.
"15/10/2013 12:06 - Jorge Cortás Sader Filho
Posso compreender o materialismo. Mas ele não justifica a maldade no mundo. Meu abraço, amigo Celso."
Gosto de dizer que determinadas ocorrências "tombam sob nossos sentidos".A inteligência mostra a esses sinais, que não podem ser desconhecidos, que não seria aceitável, viável, desconhecê-los. O materialismo é uma dessas ocorrências multiplicadas em tudo e a todo tempo sob variadas formas. Fazemos parte dele. É como ela, a materialidade, deve ser vista, esse móvel mecânico visível em mutação permanente se processa no mundo e em nós e deve ser observado, analisado e justificado. Se for o caso, justificado. Cada padrão uma escolha, cada porta um acesso, cada caminho um percurso. Há um padrão de conduta que as normas humanas não aceitam como justificativa.NADA JUSTIFICA A MALDADE, mas o que é a maldade? Para alguns determinadas condutas não implicam em maldade. Seria insuficiência de avaliação(?), conformidade com o "não me incomode", "me deixe em paz", "não estou disponível", etc, um estado de consciência alterado, ou a arremetida que suprime o bem, ato de vontade, volição dirigida, e faz desaparecer bens tutelados maximamente, de forma direta e indireta. Há a maldade que surge da violação das regras, e são muitas as tutelas, por isso existem as violações capitais, e as menos incidentes em faltas de maior importância, capitais, como modernamente se diz em penalismo "de baixo poder ofensivo". É uma grande lista, mas as faltas capitais ninguém de mediana inteligência desconhece. Na justiça distributiva da grande escola tomista, do Santo Tomás de Aquino, o mal não é necessário. Para mim um grande mal pode nada ser para a "consciência" de outro que carrega o que seria um fardo como penas de ganso. Quanta maldade existente absorvida como sendo fato comum? O grau e aculturação da consciência passeiam do nada ao nunca, da tranquilidade à desfaçatez, da covardia à hipocrisia. É o mundo, a humanidade, antropofágica de sua própria vontade. Tenho escrito muito sobre isso, no sentido de poder, se posso, aclarar e alargar entendimentos, sobre e principalmente ação e inação.Pretensão minha, informação? Não, artigo de fé, compromisso, comigo mesmo, se não expande e nada dissemina, ao menos me conforta como terapia. Por isso aproveitei a oportunidade para mais uma vez falar sobre o tema. Abraço Jorginho.