SALÁRIO DOS PROFESSORES: AINDA UMA VERGONHA!

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Minha homenagem a todos os bravos e aguerridos professores, no dia 15 de outubro de 2013:

Os professores têm o que comemorar hoje, no dia do professor?

Entendo que não, salvo poucas exceções! Explico: o Ministério da Educação reajustou e o STF confirmou para vários governadores que salário de professor, para jornada de 40 horas, fora reajustado de R$ 1.024,67 para 1,451,00 e é constitucional, confirmado pelo STF! Só que prefeitos, reunidos em Brasília, protestaram e propuseram mudança na forma de reajuste salarial porque dizem não ter condições de pagar reajuste.

Será que os professores têm o que comemorar, se muitos ainda não recebem nem o salário estipulado, por desvios seguidos nos recursos destinados à Educação? Entendo que não!

Que saudades de um tempo não muito distante quando a pessoa batia no peito e respondia, com orgulho: “sou professor!”. Com o salário que recebem atualmente, isso é motivo de vergonha! Nessa época, adolescente, gostava de preencher cadastros no Consórcio União, só para ouvir das pessoas a resposta: “sou mestre” ou “sou professor”. Com orgulho, inspirado nesses mestres anônimos que atendia com orgulho, segui a carreira de magistério, um curso profissionalizante que gerava emprego aos jovens e foi extinto pelo Governo Federal e, aos 17 anos, comecei a estagiar no GAIA, como é conhecida a escola que até hoje existe ao lado do Instituto de Educação do Amazonas – IEA.

Tive excepcionais professores desde as primeiras sérias, até ao antigo segundo grau profissionalizante. Relembro com saudade das professoras Haidée, que sempre chegava com seu namorado, em um carro conversível amarelo, Rosa Eduarci Marinho, “Chiquinha”, no Grupo Escolar Adalberto Valle e muitos outros. Wilma, Manoel Veríssimo, Alice Fabrício da Silva e Sandra Brandão e muitos outros que o tempo me fez apagar seus nomes, mas que foram importantes em minha vida no Colégio Dorval Porto. O de português, Almerindo e Cristovan Luiz, no IEA que bravamente tentou a carreira política, mas sendo muito honesto e verdadeiro, nunca conseguiu ser eleito, embora tivesse excelentes ideias. Mais a inesquecível Terezinha Mangabeira, no Colégio Estadual e muitos outros que a memória me falha no momento. Peço desculpas por tê-los esquecido!

Contudo, lembro aos senhores prefeitos que marcharem para Brasília, e aos governadores também, que todos só assumiram seus mandatos porque algum professor, em algum momento de suas vidas, lhes ensinou pelo menos a rabiscar algumas letras, embora existam algumas exceções, os bravos professores merecem mais respeito! É certo que há prefeitos ainda analfabetos funcionais, mas isso é outra estória, embora o Brasil caminhe rápido rumo à “analfaburrice”, para a alegria de poucos e a tristeza de muitos professores que se dedicam com afinco para ensinar as primeiras letras do alfabeto!

Não há no mundo, qualquer profissão de nível fundamental, médio ou superior que não tenha existido um professor para lhe ensinar, exceção somente a categoria de alguns poucos vereadores, prefeitos e poucos governadores, que querem integrar cadeiras nas respectivas casas em todo o Brasil. Mas os professores merecem mais respeito, dignidade e consideração! Nada contra os vereadores, porque eles também desenvolvem uma “meritória” missão de apresentar projetos de leis concedendo títulos de cidadão para amigos próximos, criando datas comemorativas, copiando projetos prontos e apresentando-os como fossem seus e muitas outras coisas! A maioria, inúteis, contudo! Mas para serem vereadores, certamente tiveram professores para lhes ensinar com certeza, ao menos saber escrever e assinar seus nomes porque não podem ser candidatos os totalmente analfabetos! Para pagar o salário dos professores – que ainda acho pouco - bastaria os prefeitos desenvolverem uma gestão mais responsável na educação, sem desvio de recursos públicos, locupletados por vereadores no famoso e manjado jogo do “toma lá, dá cá” na hora de aprovarem suas contas. Também bastaria não receberem descarada e despudoradamente propinas através de muitos mecanismos – licitação fraudada é a maior delas. Esse tipo de prática não lhes foi ensinado em nenhuma Escola! Pronto! Estaria resolvido o impasse e acabaria com todo “esse besteirol não educacional”.

carlos da costa
Enviado por carlos da costa em 15/10/2013
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