O CÓDIGO PENAL BRASILEIRO MATOU UM TAXISTA EM FORTALEZA, NO CEARÁ

Fortaleza – CE, um taxista, numa corrida, percebendo que o passageiro estava armado, conduziu o táxi até à delegacia, onde foi constatado, não somente o porte ilegal de uma pistola 380, como também uma extensa ficha criminal, contendo inclusive um homicídio em 2010.

Na delegacia, o bandido Bruno Paulino da Silva jurou o taxista de morte e ficou preso apenas cinco dias e saiu ao pagar fiança.

Uma semana após esse episódio (01/10/2013), enquanto o referido trabalhador transportava uma passageira, foi abordado a tiros por dois indivíduos de moto, no bairro Carlito Pamplona, enquanto um deles efetuava diversos disparos.

A passageira, sem sofrer nenhum dano, observava com desespero o infortúnio da vítima.

O taxista morreu e, no interior do táxi, o B.O. (Boletim de Ocorrência) que continha sua queixa, queixa essa que de nada adiantou, pois no Brasil a impunidade é uma constante e uma verdadeira falta de vergonha, tudo por causa de um código penal arcaico e capenga.

O delegado disse que soltou o indivíduo porque em relação ao homicídio praticado em 2010, ele não foi julgado e nem condenado, o que cabia fiança.

Então, de quem é a culpa pela morte desse valente cidadão? Do delegado que o soltou? Não, este não podia infringir a lei, apenas a cumpriu.

Até o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, duvida da funcionalidade do nosso judiciário, ao afirmar a empresários, durante palestra em São Paulo que não existe sistema judiciário mais confuso que o brasileiro e que a Justiça precisa ser mais célere e eficiente. "O sistema legal brasileiro precisa desesperadamente de simplicidade, eficiência e eficácia”, declarou.

A culpa está na falência de nossas leis que, por conta de suas brechas e fragilidades, não são temidas por indivíduos de péssima estirpe como esse monstro, e o digo sem me importar com retaliação por parte dos Direitos Humanos, até porque sei perfeitamente que quando se trata de defender inescrupulosos como esse, eles são altamente profissionais e práticos, porém quando a vítima é um cidadão de bem, desaparecem no vazio da indiferença.

Repúdio? Revolta? Desilusão? Não sei mais o que sinto quando me deparo com inversão de valores. Sinto-me tão somente órfão de um país fora da lei, um país que trata com desrespeito sua própria gente.

ROGÉRIO RAMOS
Enviado por ROGÉRIO RAMOS em 12/10/2013
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