O QUE HOUVE COM NOSSAS CRIANÇAS E JOVENS?
Não sei como é ser criança nos dias de hoje. Mas, parece-me um pouco sem graça.
Sei dizer como foi no meu tempo. Ah, e posso afirmar que foi maravilhoso.
Me lembro com eterna saudade, da vila simples, muito simples com chão de terra batida, em que vivi em minha infância. Um lugar pleno de beleza natural, o pequeno vilarejo ficava dentro de uma reserva florestal.
Isso quer dizer, que vivíamos em uma ilha, cercada de matas por todos os lados.
O dia começava com a madeira estalando no fogão à lenha, e o cheiro de café recém coado, no coador de pano, vindo da cozinha.
O desjejum, era feito, bem cedinho, com a família à volta da mesa. Depois, cada qual ia cuidar de seu trabalho, e eu, antes da idade escolar, corria para rua ou para o quintal em busca de folguedos.
Anos mais tarde, munida de uma surrada bolsa de couro que pertenceu ao meu pai, seguia eu, para a escola.
Um capítulo a parte, era a escola da vila, que se compunha de uma só sala de aula, com carteiras duplas, e lugar para colocar o tinteiro.
Ao centro do amplo cômodo repleto de janelas, ficava a mesa da nossa querida professora.
Eu achava tão especial aquela mesa e cadeira, como se fosse o trono de uma rainha.
Volto meu olhar para os dias atuais, e vejo crianças e jovens, desrespeitando seus professores.
Estico um pouco mais a observação, e me deparo, com a meninada, entediada, alguns sofrendo com as doenças do humor, como a depressão.
Como resultado, tenho visto de muito perto, os consultórios de psicólogos, terapeutas, lotados de crianças e jovens.
E, fico pensando, onde foi parar a alegria de viver, que eu tinha de graça, em minha infância?
Hoje, os eletrônicos povoam o universo infantil, desde a mais tenra idade. Enquanto que o meu, foi de pular amarelinha, brincar de passa anel, lencinho atrás, contar estórinhas, pular corda, brincar de esconde esconde, fazer comidinha no quintal.
Em minha meninice, era natural ter respeito pelos mais velhos, fossem eles, parentes, vizinhos, amigos, ou conhecidos dos meus pais, podiam me repreender, dar uma bronca, se me encontrasse fazendo alguma arte, ou estrepolia mais perigosa.
Eu, nunca sonhei em responder para os mais velhos.
Em meu tempo de criança, e mocidade, pedia a benção, beijando a mão de padrinhos, e de todos os parentes, inclusive do único padre que havia na vila.
Não me recordo de ter ido dormir, sem pedir a benção aos meus avós, pai e mãe. E como era gostoso ouví-los dizer: "Deus te abençoe, Leninha".
Minha mãe, ensinou-me o valor de prece, e de orar antes de me deitar.
Também, procuro que procuro, e não encontro nenhum trauma pelas chineladas no lugar adequado e na hora certa, que tomei, de minha vó Carmela.
O que me marcou para a vida inteira foi o amor e cuidados que dela recebi.
Hoje, ouço estarrecida, casos de crianças ou jovens, gritando ou respondendo poucas e boas, aos seus familiares, ou mesmo aos estranhos.
Realmente me entristeço, por tudo de bom, que boa parte de nossas crianças estão deixando de viver.
Lamento, principalmente pelos excessos de toda natureza que estão tendo, e pelo escasso senso de limites em que vivem.
Esse novo modelo de educação, sem dúvida, está comprometendo o presente e o futuro de cada uma delas, e de toda uma sociedade, onde essas crianças e jovens, estarão inseridas futuramente.
Sempre que posso repito, em meu trabalho com a palavra: - Filhos, não necessitam de tênis de marca, ou de morar em um bairro classe A. Filhos, precisam muito, de amor, atenção, disciplina e de limites.
(Imagem: arquivo de família - Vila onde passei minha infância)
Não sei como é ser criança nos dias de hoje. Mas, parece-me um pouco sem graça.
Sei dizer como foi no meu tempo. Ah, e posso afirmar que foi maravilhoso.
Me lembro com eterna saudade, da vila simples, muito simples com chão de terra batida, em que vivi em minha infância. Um lugar pleno de beleza natural, o pequeno vilarejo ficava dentro de uma reserva florestal.
Isso quer dizer, que vivíamos em uma ilha, cercada de matas por todos os lados.
O dia começava com a madeira estalando no fogão à lenha, e o cheiro de café recém coado, no coador de pano, vindo da cozinha.
O desjejum, era feito, bem cedinho, com a família à volta da mesa. Depois, cada qual ia cuidar de seu trabalho, e eu, antes da idade escolar, corria para rua ou para o quintal em busca de folguedos.
Anos mais tarde, munida de uma surrada bolsa de couro que pertenceu ao meu pai, seguia eu, para a escola.
Um capítulo a parte, era a escola da vila, que se compunha de uma só sala de aula, com carteiras duplas, e lugar para colocar o tinteiro.
Ao centro do amplo cômodo repleto de janelas, ficava a mesa da nossa querida professora.
Eu achava tão especial aquela mesa e cadeira, como se fosse o trono de uma rainha.
Volto meu olhar para os dias atuais, e vejo crianças e jovens, desrespeitando seus professores.
Estico um pouco mais a observação, e me deparo, com a meninada, entediada, alguns sofrendo com as doenças do humor, como a depressão.
Como resultado, tenho visto de muito perto, os consultórios de psicólogos, terapeutas, lotados de crianças e jovens.
E, fico pensando, onde foi parar a alegria de viver, que eu tinha de graça, em minha infância?
Hoje, os eletrônicos povoam o universo infantil, desde a mais tenra idade. Enquanto que o meu, foi de pular amarelinha, brincar de passa anel, lencinho atrás, contar estórinhas, pular corda, brincar de esconde esconde, fazer comidinha no quintal.
Em minha meninice, era natural ter respeito pelos mais velhos, fossem eles, parentes, vizinhos, amigos, ou conhecidos dos meus pais, podiam me repreender, dar uma bronca, se me encontrasse fazendo alguma arte, ou estrepolia mais perigosa.
Eu, nunca sonhei em responder para os mais velhos.
Em meu tempo de criança, e mocidade, pedia a benção, beijando a mão de padrinhos, e de todos os parentes, inclusive do único padre que havia na vila.
Não me recordo de ter ido dormir, sem pedir a benção aos meus avós, pai e mãe. E como era gostoso ouví-los dizer: "Deus te abençoe, Leninha".
Minha mãe, ensinou-me o valor de prece, e de orar antes de me deitar.
Também, procuro que procuro, e não encontro nenhum trauma pelas chineladas no lugar adequado e na hora certa, que tomei, de minha vó Carmela.
O que me marcou para a vida inteira foi o amor e cuidados que dela recebi.
Hoje, ouço estarrecida, casos de crianças ou jovens, gritando ou respondendo poucas e boas, aos seus familiares, ou mesmo aos estranhos.
Realmente me entristeço, por tudo de bom, que boa parte de nossas crianças estão deixando de viver.
Lamento, principalmente pelos excessos de toda natureza que estão tendo, e pelo escasso senso de limites em que vivem.
Esse novo modelo de educação, sem dúvida, está comprometendo o presente e o futuro de cada uma delas, e de toda uma sociedade, onde essas crianças e jovens, estarão inseridas futuramente.
Sempre que posso repito, em meu trabalho com a palavra: - Filhos, não necessitam de tênis de marca, ou de morar em um bairro classe A. Filhos, precisam muito, de amor, atenção, disciplina e de limites.
(Imagem: arquivo de família - Vila onde passei minha infância)