Esperando bebê


 
Entrei numa butique de roupas para gestantes. A primeira coisa que notei foi o olhar intrigado da moça que ali estava para atender, tive vontade de rir e provavelmente ela também, mas nos controlamos. Claro que eu não buscava nada para mim! Olhei as calças, blusas, batas, vestidos. Tudo de muito bom gosto, tecidos maleáveis, estampas bonitas. Comprei duas camisetas que podem se esticar conforme a barriga da futura mamãe for crescendo. Em uma delas está escrito ‘Adoro ser mãe’ e na outra, ‘It´s a boy’. O mais interessante é que essa do boy veio acompanhada de um macacãozinho igual para o bebê.  

Como estou longe dessas coisas há tanto tempo, fiquei impressionada com a transformação das roupas. Lembrei-me de quando era criança e via o que minha mãe vestia: as saias tinham elástico na cintura e um buraco na barriga! (O bebê ficava ‘protegido’ pela combinação). Por cima ela usava largas batas. No meu tempo de moça eram vestidos que se franziam com lacinhos por todo lado, dos quais eu não gostava. Naquele tempo a novidade eram jeans que tinham uma rodela de tecido macio no lugar do buraco das antigas saias. Foi com eles que me ajeitei. Agora tem de tudo, até bermudas e shortinhos que nem parecem especiais para grávidas.  As gestantes de hoje podem se apresentar bem onde quer que seja.

Lembrei-me também do ‘escândalo’ que a atriz Leila Diniz provocou ao exibir seu barrigão passeando de biquíni pelas praias do Rio de Janeiro, nos idos anos sessenta.