A TRISTEZA DE BACO
E a jarra descansa cheia, puro néctar dos deuses jaz em sua taça, sem alcançar o seu destino divino, o de ser saboreado e por seus encantos ser eternamente cantando em trovas líricas.
E Baco, que tanto dedicou a esta arte, incrédulo, ressente-se do descaso com que sua obra-prima fora tratada por incautos, sem a sensível delicadeza necessária para apreciar as sublimes sensações, que escondidas se encontram no sabor do bom vinho, que em pequenos goles merecem ser absorvidas, desvendando assim, o seu intimo até a essência.
Assim também é a leitura, mestra na transmissão do conhecimento a nos permitir alçar voos e alcançar lugares nunca sonhados, talvez mais importante que escrever de forma concisa, coerente e envolvente, a verdadeira dádiva a nós concedida, é a leitura, de nada vale um bom texto, se falta qualidade de compreensão para quem o le, a real mensagem acaba por se perder, o objetivo que é de transcender as palavras e oferecer emoção e sentimento em forma escrita não será atingindo.
Como um vinho superior, a leitura deve ser degustada em pequenos goles, com calma, saboreando tudo que reside em seu conteúdo, desvendando seus segredos e deliciando-se com as sensações que dela se propicia e assim viajar livre para onde ela nos levar.
Esta simples analogia, me ocorreu a partir de algo que a muito me foi dito e da observação de um “modus operandi” que parece se estabelecer atualmente, e que ficou mais evidenciado quando me decidi a compartilhar alguns escritos neste encantador recanto, que de forma democrática permite a todos como eu, a se aventurarem de pena em punho.
A busca por prazeres imediatistas e instantâneos fica muito claro, até mesmo neste universo de leitura e contato com informação, sejam lúdicos ou críveis, os textos são criados por um único objetivo, o de serem lidos, sentidos e compreendidos, e o que percebi em pouco tempo que aqui estou, é que uma parcela muito grande de autores frequentadores deste espaço, seja de qual tipo de texto for, acaba por buscar ler apenas frases ou curtos pensamentos, quando se manifestam em comentários de textos maiores, muitas vezes apenas com um simples parabéns ou a citação que foi um belo texto, o que demonstra muitas vezes que, ou não teve aquela obra compreensão por parte do leitor, ou nem mesma foi lida na íntegra, e se foi, acabou por sendo devorada em atropelo, e sem a devida atenção necessária para ser absorvida completamente.
Isto também se manifesta em outras questões do cotidiano atual, a ansia por absorção imediata de algo, se faz muito presente na nossa dinâmica rotineira, ou na concepção de bem viver, tudo queremos engolir em grandes goles e sentir seus resultados de forma instantânea, algo que gera uma sucessão de sensações, que se sobrepõe uma a outra, e acabam por não nos deixar de fato aproveitar o legado, e a lembrança que cada experiência nos traz.
Tentemos então, frear este ímpeto de consumir até mesmo o intangível em porção única, vamos aproveitar as belezas e delicias da viagem, que quase sempre, são melhores e mais importantes que o simples chegar ao fim.
E assim, o vinho novamente nos concederá seu verdadeiro sabor e encantos, sua magia e essência, e por fim, sua alma imortal com as bênçãos de Baco.
E a jarra descansa cheia, puro néctar dos deuses jaz em sua taça, sem alcançar o seu destino divino, o de ser saboreado e por seus encantos ser eternamente cantando em trovas líricas.
E Baco, que tanto dedicou a esta arte, incrédulo, ressente-se do descaso com que sua obra-prima fora tratada por incautos, sem a sensível delicadeza necessária para apreciar as sublimes sensações, que escondidas se encontram no sabor do bom vinho, que em pequenos goles merecem ser absorvidas, desvendando assim, o seu intimo até a essência.
Assim também é a leitura, mestra na transmissão do conhecimento a nos permitir alçar voos e alcançar lugares nunca sonhados, talvez mais importante que escrever de forma concisa, coerente e envolvente, a verdadeira dádiva a nós concedida, é a leitura, de nada vale um bom texto, se falta qualidade de compreensão para quem o le, a real mensagem acaba por se perder, o objetivo que é de transcender as palavras e oferecer emoção e sentimento em forma escrita não será atingindo.
Como um vinho superior, a leitura deve ser degustada em pequenos goles, com calma, saboreando tudo que reside em seu conteúdo, desvendando seus segredos e deliciando-se com as sensações que dela se propicia e assim viajar livre para onde ela nos levar.
Esta simples analogia, me ocorreu a partir de algo que a muito me foi dito e da observação de um “modus operandi” que parece se estabelecer atualmente, e que ficou mais evidenciado quando me decidi a compartilhar alguns escritos neste encantador recanto, que de forma democrática permite a todos como eu, a se aventurarem de pena em punho.
A busca por prazeres imediatistas e instantâneos fica muito claro, até mesmo neste universo de leitura e contato com informação, sejam lúdicos ou críveis, os textos são criados por um único objetivo, o de serem lidos, sentidos e compreendidos, e o que percebi em pouco tempo que aqui estou, é que uma parcela muito grande de autores frequentadores deste espaço, seja de qual tipo de texto for, acaba por buscar ler apenas frases ou curtos pensamentos, quando se manifestam em comentários de textos maiores, muitas vezes apenas com um simples parabéns ou a citação que foi um belo texto, o que demonstra muitas vezes que, ou não teve aquela obra compreensão por parte do leitor, ou nem mesma foi lida na íntegra, e se foi, acabou por sendo devorada em atropelo, e sem a devida atenção necessária para ser absorvida completamente.
Isto também se manifesta em outras questões do cotidiano atual, a ansia por absorção imediata de algo, se faz muito presente na nossa dinâmica rotineira, ou na concepção de bem viver, tudo queremos engolir em grandes goles e sentir seus resultados de forma instantânea, algo que gera uma sucessão de sensações, que se sobrepõe uma a outra, e acabam por não nos deixar de fato aproveitar o legado, e a lembrança que cada experiência nos traz.
Tentemos então, frear este ímpeto de consumir até mesmo o intangível em porção única, vamos aproveitar as belezas e delicias da viagem, que quase sempre, são melhores e mais importantes que o simples chegar ao fim.
E assim, o vinho novamente nos concederá seu verdadeiro sabor e encantos, sua magia e essência, e por fim, sua alma imortal com as bênçãos de Baco.
“ Se tens preguiça de ler, porque aprendes-te escrever? ”