Mais uma história de taxista.

Entrei no taxi desanimada e triste.É assim que fico quando volto das visitas diárias que faço ao meu doentinho.O pensamento voa para os tempos em que tudo era bem diferente.

Suspirei fundo e o taxista me perguntou com delicadeza:A senhora está bem?Eu respondi que vinha da casa do meu companheiro ,que estava doente há quase 7 meses.

Notei que era preciso ouvir o que ele tinha para me dizer e puxei conversa.

Foi aí que me senti pequena diante dele...

Ele foi o trajeto inteiro me contando que há três anos , perdeu uma filha de 25 anos,atropelada por um bêbado inconsequente no volante.

Descreveu-me todas as qualidades da jovem que havia cursado a faculdade de Propaganda e Marketing,estava trabalhando,com casamento marcado para o fim do ano.Prestou vestibular aos 17 anos e passou em 3 faculdades.Era carinhosa ,prestativa,com um belo sorriso que cativava a todos.O patrão ,no velório dela fez o seguinte comentário ao pai:

Perdemos nossa menina sorriso...

Nessa altura ,ele aproveitava o sinal fechado ,e enxugava as lágrimas que teimavam em cair.Chorei com ele e completei, que nada se comparava a dor de perder um filho...

A lição que recebi deste homem, foi uma resposta aos meus problemas.

Temos que olhar sempre para atrás e agradecer a Deus pelos desígnios

pelo qual passamos.O mundo está cheio de dores ,que nem fazemos idéia da intensidade delas todas.

Nos despedimos como velhos amigos.

Ele me desejando melhoras e afirmando que meu querido ia ficar bom.

Eu lhe desejando conformação e incentivando-o a por para fora seu sofrimento ,sempre que sentisse necessidade de fazê-lo.

Foi uma troca de energia com a Mão de Deus tocando nossos corações.

Daisy Zamari
Enviado por Daisy Zamari em 10/10/2013
Código do texto: T4519136
Classificação de conteúdo: seguro