F U T I L I D A D E S.

A futilidade necessita de posturas absurdamente valorizadas pelo mundo atual, e pior, pelo mundo majoritário.

Não se tem isso ou aquilo pelo prazer pessoal de usufruir do que se gosta, mas por ser melhor do que do vizinho, estar mais na moda do que a maioria pode ter ou usar, roupas, viagens, bens de consumo em geral.

Incomoda saber, e isto é um fato, que pessoas deixam de comprar víveres do dia a dia de melhor qualidade ou necessários, para terem um carro na garagem melhor que o do vizinho, poder pagar a mísera prestação. E por vezes nem é um carro no sentido da palavra, é uma condução que as vezes nas serras tem que ser carregada nas costas. Se é o que se poder ter tudo bem, se para ter por ter sem poder é ridículo. Que se tenha quando se possa.

O mundo está de cabeça para baixo. Isto ocorre agora? Não, a humanidade até no romanceado bíblico sofre da inveja desde o Gênesis. É preciso ser igual ao outro em bens e matéria. Veja-se Caim que abateu Abel por escolha, era crença dele, assim ficaria mais favorecido por Deus.

Hoje a vida dos outros pauta a vida dos outros...Engraçado não? Nem espelho se tem em casa....diríamos que é uma multidão disforme de personalidade.

Uma salada de vidas fúteis, dos shoppings e seus consumos aos “apertamentos” em que vivem as pessoas (o meu é maior, é melhor, está em local mais chique) até os “badulaques” e aos carros, dos folguedos aos passeios aqui e acolá.

Quem não viaja amontoado nos congestionamentos é pobre, quem não vai com dinheiro contado para o exterior é pobre, quem anda de transporte coletivo é pobre, aliás todos são pobres, de espírito.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 09/10/2013
Reeditado em 09/10/2013
Código do texto: T4517786
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