Cinquenta tons de poesias...
Desde muito cedo, pelas HQs, envolvi-me pela leitura, e fui ter com livros, que em principio mostraram-se tão desafiadores á minha sede de saber, quanto encantadores.
Na minha lista, de “meus” livros lidos e relidos, alguns teriam mais destaque... Pois existem livros que se tornam fundamentais, por se transformarem em elementos desencadeadores de transformação.
Creio que ler é fazer uma colheita em campos inimagináveis, é um encontro, por vezes intimo, conosco mesmo, através da ótica de outros... E um descortinar de mundo.
A ignorância é a pior das prisões em que se pode encarcerar o ser humano, ainda mais quando este é retirado de seu “mundo”, de sua “realidade” e posto em convívio com outros...
E livros são pontes, precisam ser pontes, a ligarem os extremos!
Tempos depois, vim a escrever as minhas linhas, e esta experiência colocou-me frente a frente com o destino!
Assim, ao exercer o meu oficio, vou em busca de conhecimentos que embasem as minhas opiniões... - Aquele menino confuso, que eu fora, tinha asas... E através da leitura aprendeu a reconhecer o que o prendia, e aprendeu a voar!
Esta nova liberdade estava focada em ser “liberto de”; de meus medos, de minhas angustias, de minhas inaptidões, e foi direcionada em “liberdade para”; para viver em sociedade, para amar, para respeitar o próximo, para me amar... Ler e tentar entender o que foi lido, transcender a leitura, pela reelaboração, sem se deixar aprisionar é a chave da “liberdade para”.
Assim, esta busca por educação acaba por se constituir na chave para a liberdade...
E nos tempos que correm, as pessoas estão aprisionadas, em suas rotinas diárias, em afazeres monótonos, repetitivos, em receitas prontas, praticamente de tudo o que se possa desejar ou necessitar, que se esquecem de si mesmas, e não enxergam o outro, que vive ao seu lado, que dorme consigo na mesma cama.
As manias e as modas, são ditadas, em muito, pela mídia, e largamente popularizadas, pulverizadas na sociedade, impregnado-se na população.
O trabalho, a muito se distanciou do labor, que são as tarefas inerentes a vida em si mesma, relegou a obra, que é a atividade que tem um fim em si mesma, na qual somos naturalmente dedicados, a segundo plano, privilegiando o trabalho como atividade remunerada, estabelecida a partir de uma relação econômica. Tudo enfim, visa um ganho muito mais econômico do que de outra natureza.
Mas o tempo trouxe-me outras formas de entender o mundo, e de ver e sentir as coisas...
Nas minhas primeiras letras são encontradas muitas poesias, sem dúvida inspiradas pela leitura de Castro Alves, onde mesclam-se odes ao amor e à liberdade!
Oferecer ao publico livros de poesias, é o desejo de poder despertar sensibilidades, para que aflorem a pele, libertas das amarras em que a técnica as quer atar...
E hoje, graças a esta vivência, sou um dos 50 participantes da II Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos... Antologia formada por novos autores, que ganha espaço na XVIII Bienal do Rio de Janeiro, organizada pelo baiano Elenilson Nascimento, que já publicou sete livros, inclusive o romance “Clandestinos” – selecionado pelo MEC no Programa Nacional Biblioteca da Escola – além de já ter participado de dezenas de antologias espalhadas pelo Brasil e exterior.
Ele também é um atuante blogueiro na rede, além de colaborar para vários sites literários. Em relação a II Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos revelou em seu site, http://poemasdemilcompassos.blogspot.com.br/ :
“Fruto de um trabalho árduo e coletivo, esse livro vem juntar-se a outros tantos que são produzidos de forma corajosa e com o objetivo primordial de produzir cultura, porque entende que é com educação que se faz a verdadeira revolução capaz de combater o imperialismo dos grandes que não consegue ver nada mais além do que a sua empáfia, em detrimento de um povo carente e que necessita não se deter no mundo dos grandes, mas sim, descobrir novos horizontes literários e fugir da imposição covarde das editoras e da mídia de modo geral”.
Assim,em um só volume, o leitor tem a sua disposição 50 ”tons” de Poesia, brasileira, contemporânea, atualíssima, sutis, delicadas.
É uma bela oportunidade para deixar-se envolver e sem medo de ser feliz deixar que as próprias emoções sejam à flor da pele.
Edvaldo Rosa
www.sacpaixao.com.br
03/09/2013