O dia que Carol foi embora

Ás três e quarenta e seis da manhã me debulhei em lágrimas, acho que foi um choro trancado de meses atrás, mas o sentimento era pra uma pessoa só a Carol.

Estranho chorar por uma pessoa que está a pouco tempo na tua vida, sabendo que tantas pessoas te rodeiam não sugere este tipo de sentimento, gostar de uma pessoa sem saber suas verdades reais, suas tristezas embutidas, é aquele aquele gostar prático, que só com toque no braço já conhece a pessoa, por isso me apeguei tanto á ela.

Não sei se ela sente verdade em mim, de olhar nos meus olhos e ver um amigo fiel,talvez eu servia mais pra companheiro, um louco sem rotina, um bêbado no ócio, mas um bom ouvinte, um brinquedo de irmão se conheceram ontem.

Além disso peço pra magos, bruxos e entidades que ajudem ela a ter força, mas não iludam, que sejam a apenas um complemento e não uma base, que andem no lado e não atrás sem ela ver quem está o guiando.

Carol ainda é uma moça boba, inocente de doer, faz de suas decepções e tristezas uma roda, faz de sua vida uma balança, que não cai apenas roda e que na hora de dormir vira pro lado e dorme, pois é ela é muito nova ainda pra saber da cruel vida.

Bom, foi estranho escrever isto, quem me dera chorar por alguém que nem ainda se despediu e só vai morar no outro lado da cidade é só gritar ela vem.

Tenho que me acostumar com esse tipo de dor, é tudo normal, pois Carol ainda mora na minha lembrança, uma eterna confidente e que fez das nossas angústias mais agudas uma transparência, onde enxergamos nós mesmo, sem mentiras e sem plágios, agimos como humanos normais, com defeitos e que corria atrás daquela pele era sangue mesmo, não orgulho.

O que sinto pela a Carol não é amor, é mais paixão, aquela que tem vícios, a que seduz, te beija, te amassa e depois vai embora.

Psicopata Perdido
Enviado por Psicopata Perdido em 07/10/2013
Reeditado em 09/10/2013
Código do texto: T4515855
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