LIMITAÇÃO E COMPLEXO.
Hoje assisto e participo de debates e de contraditórios com serenidade, sem querer entender nada do que está posto, somente tentando penetrar no cerne do assunto colocado, principalmente se há enfrentamento binário, e fazendo com que, me encarno nesse objetivo, tudo possa ficar mais claro, nem sempre é muito fácil.
Primeiramente há que se firmar em um ponto como partida para não inibir a outra parte nem constranger, mas antes estimulá-la, se dominamos e entendemos com largueza o que está posto. O princípio é “NÃO QUERO TER RAZÃO”.
Qual a necessidade de ter razão, a nossa razão é só nossa, que outros tenham a sua. Todos devem e podem expor suas ideias. Imaginem se somente ideias maduras ou vividas em fortes experiências de vida fossem aceitas. O mundo atual perderia excelentes ferramentas feitas por meninos, os “aplicativos” por exemplo, meninos que nada sabem da cultura geral e clássica.
De outro lado, as limitações se transformam em complexos visíveis, lamentavelmente e resultando em grande perda de melhorar, caminhar aprendendo. Fala-se do que não se sabe com tranquilidade, as vezes com tom professoral, entendendo e assim colocando sobre o que não entenderam, e isso para quem entende é flagrante e chocante. Mas o silêncio se impõe para que se tente aumentar a compreensão de quem não está apto a compreender.
Quando jovem os contraditórios vazios me faziam perder a paciência e contradizia de forma firme sem condições de resposta para o enfrentamento, vamos dizer assim, matava o enfrentador, que restava sem armas, inerme diante da lógica dos fatos. Amadureci e passei a absorver e serenar os incendiados, como a “maiêutica” de Sócrates, até levar para o leito da compreensão o nó da incompreensão, mas é difícil, as vezes impossível. Então desisto. A barra da compreensão é a limitação que temos, existente o complexo, esse é nó górdio que ninguém desata, só o dono do problema; é um desafio.
Se não sei do que se trata vou TENTAR saber algo sobre o assunto, não é sempre que se consegue um pouco de luz, tanta coisa e coisas tão simples que não sabemos, infinito universo de ignorância, a minha sei ser enciclopédica, pois quero saber sempre mais e nada consigo e tão pouco incorporo.
Colocar a mão na cabeça, na testa onde reside o sacrário do pensamento e dizer quando nos perguntamos algo, NÃO SEI. É o primeiro passo para começar a saber muito pouco..
Nossas limitações são maiores que nossa tola vontade de saber mais, mas que o complexo não se instale para aumentar mais ainda a insciência que já é desmedida.