Joia Sagrada

Murmúrios dos pensamentos constantes

Faz desse vazio seu lar sem sombras e ar

Ela está perdida e sem pressa de se encontrar

Querendo adormecer aconchegada e só

Ao som de canções consoladoras e tocantes

Enganando a dor, a vaidade é seu escudo

Assombrada, sorri gentilmente sincero

A jóia em seu coração adorada e intocável

Sagrada aos seus olhos mortais e imperfeitos

Renunciada pelos anjos negros, amada por dois

Tempestades se vão com o som do nosso silêncio

Seus olhos me dizem mais do que sua voz

Contemplo sua imagem partindo lentamente

Esperando o tempo escrever o fim da jornada

Levo seu timbre dissonante para todo lado

Todas as cores mundanas atraem e distraem

Mas suas correntes são o meu berço maior

E o frio que te surra é o mesmo que me trai

Acomodada no tempo aguardando a sentença

Tua ausência tornou-se minha fiel companheira

Lu Veríssimo Art
Enviado por Lu Veríssimo Art em 05/10/2013
Reeditado em 06/11/2013
Código do texto: T4512660
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