Joia Sagrada
Murmúrios dos pensamentos constantes
Faz desse vazio seu lar sem sombras e ar
Ela está perdida e sem pressa de se encontrar
Querendo adormecer aconchegada e só
Ao som de canções consoladoras e tocantes
Enganando a dor, a vaidade é seu escudo
Assombrada, sorri gentilmente sincero
A jóia em seu coração adorada e intocável
Sagrada aos seus olhos mortais e imperfeitos
Renunciada pelos anjos negros, amada por dois
Tempestades se vão com o som do nosso silêncio
Seus olhos me dizem mais do que sua voz
Contemplo sua imagem partindo lentamente
Esperando o tempo escrever o fim da jornada
Levo seu timbre dissonante para todo lado
Todas as cores mundanas atraem e distraem
Mas suas correntes são o meu berço maior
E o frio que te surra é o mesmo que me trai
Acomodada no tempo aguardando a sentença
Tua ausência tornou-se minha fiel companheira