BOM CONSELHO silencia...
Por Carlos Sena
Por coincidência, encontro-me em Bom Conselho pós-tragédia. Tragédia da professora morta... Morta? Engasguei! Morta ou matada? Ou os dois? Fato é que a cidade jaz penalizada. Nas ruas as pessoas não falam doutra coisa, senão da bala que agora cala. Cala a boca dos policiais diante das possibilidades de terem sido eles, do alto das imperícias, os que acertaram sem cor, “o-cor-ação” da professora.
A cidade jaz penalizada. Medo é a palavra que já nem se diz, porque dela só se sente o medo que viver num pais desses nos dá. Dá muitas leis e poucas ações concretas delas advindas. Dá leis muito altas para o povo passar por baixo, ou muito baixar para se passar por cima... Dá luto latu sensu e estrito sensu. Dá lenço para o choro sem vela que se perde nas avenidas despudoradas e nuas de justiças sociais. Dá, ah como esse pais nos dá revolta.
Os tambores do réquiem silenciaram. A sofreguidão, não. O pós-tragédia não cala o coração; nem a violência elimina solidão dos que fazem da arma seu único refrão. A cidade está abalada. Há bala nas consciências do povo. Da policia? Sei não...
Por Carlos Sena
Por coincidência, encontro-me em Bom Conselho pós-tragédia. Tragédia da professora morta... Morta? Engasguei! Morta ou matada? Ou os dois? Fato é que a cidade jaz penalizada. Nas ruas as pessoas não falam doutra coisa, senão da bala que agora cala. Cala a boca dos policiais diante das possibilidades de terem sido eles, do alto das imperícias, os que acertaram sem cor, “o-cor-ação” da professora.
A cidade jaz penalizada. Medo é a palavra que já nem se diz, porque dela só se sente o medo que viver num pais desses nos dá. Dá muitas leis e poucas ações concretas delas advindas. Dá leis muito altas para o povo passar por baixo, ou muito baixar para se passar por cima... Dá luto latu sensu e estrito sensu. Dá lenço para o choro sem vela que se perde nas avenidas despudoradas e nuas de justiças sociais. Dá, ah como esse pais nos dá revolta.
Os tambores do réquiem silenciaram. A sofreguidão, não. O pós-tragédia não cala o coração; nem a violência elimina solidão dos que fazem da arma seu único refrão. A cidade está abalada. Há bala nas consciências do povo. Da policia? Sei não...