A LENDA DA ROCHA DOS BORDÕES
A ROCHA DOS BORDÕES é o ex-libris da Ilha das Flores, nos Açores. É uma formação rochosa muito peculiar, creio que única no mundo. Parece, de facto, formada por bordões que naturalmente deram origem à lenda seguinte:
A Rocha dos Bordões nem era rocha nem tinha bordões, como tem hoje. Era uma enorme caverna onde se abrigavam com os seus rebanhos os primitivos habitantes da ilha.
Eram pastores, e como todos os pastores que se prezam, usavam compridos cajados com que guiavam o seu gado e a que se apoiavam para longamente contemplar as ondas e tentar descobrir donde elas vinham, e entender o que elas queriam dizer no seu marulhar constante.
Quando essas mesmas ondas lhes trouxeram um dia as velas dos primeiros exploradores da ilha, ficaram perplexos e amedrontados.
Pararam todos o que estavam fazendo, e acudiram ao cimo das falésias, ao topo das penedias e outeiros a olhar o mar e a perguntar-se que aves seriam aquelas que voavam sobre as ondas e traziam aquelas criaturas que pareciam miniaturas de si mesmos? Um mais afoito foi-se chegando bem à beira de água para ver de perto. Os navegantes assustaram-se e dispararam de uma peça de bordo um tiro de pólvora seca para afastar o atrevido.
Foi o pânico geral. O curioso e todos os outros que por cima das rochas, apoiados nos seus cajados, o observavam, fugiram para a enorme caverna e à medida que entravam iam tapando a abertura com os seus enormes bordões...
E nunca mais de lá sairam. Com o rolar dos séculos, os cajados petrificaram-se em enormes bordões de basalto e...
Ainda hoje quem se aproximar bem da ROCHA DOS BORDÕES e prestar muita atenção - especialmente em noites de lua cheia - pode ouvir lá dentro vozes que conversam numa língua que nunca ninguém conseguiu decifrar.
A ROCHA DOS BORDÕES é o ex-libris da Ilha das Flores, nos Açores. É uma formação rochosa muito peculiar, creio que única no mundo. Parece, de facto, formada por bordões que naturalmente deram origem à lenda seguinte:
A Rocha dos Bordões nem era rocha nem tinha bordões, como tem hoje. Era uma enorme caverna onde se abrigavam com os seus rebanhos os primitivos habitantes da ilha.
Eram pastores, e como todos os pastores que se prezam, usavam compridos cajados com que guiavam o seu gado e a que se apoiavam para longamente contemplar as ondas e tentar descobrir donde elas vinham, e entender o que elas queriam dizer no seu marulhar constante.
Quando essas mesmas ondas lhes trouxeram um dia as velas dos primeiros exploradores da ilha, ficaram perplexos e amedrontados.
Pararam todos o que estavam fazendo, e acudiram ao cimo das falésias, ao topo das penedias e outeiros a olhar o mar e a perguntar-se que aves seriam aquelas que voavam sobre as ondas e traziam aquelas criaturas que pareciam miniaturas de si mesmos? Um mais afoito foi-se chegando bem à beira de água para ver de perto. Os navegantes assustaram-se e dispararam de uma peça de bordo um tiro de pólvora seca para afastar o atrevido.
Foi o pânico geral. O curioso e todos os outros que por cima das rochas, apoiados nos seus cajados, o observavam, fugiram para a enorme caverna e à medida que entravam iam tapando a abertura com os seus enormes bordões...
E nunca mais de lá sairam. Com o rolar dos séculos, os cajados petrificaram-se em enormes bordões de basalto e...
Ainda hoje quem se aproximar bem da ROCHA DOS BORDÕES e prestar muita atenção - especialmente em noites de lua cheia - pode ouvir lá dentro vozes que conversam numa língua que nunca ninguém conseguiu decifrar.