UM NOVO CANGAÇO INFERNIZA O NORDESTE (Você precisa ler esta crônica!)

Afinal, o que está acontecendo no nordeste? A violência nele se proliferou de forma tal que nem mesmo cidades do interior, prova viva e incontestável da habitual e rotineira tranquilidade, têm escapado de suas garras.

O mundo do crime, vez e outra dita moda. Lembro-me que, no desabrochar de minha juventude, nos idos dos anos 90, segurança de carro – forte sofria nas mãos impiedosas de seus algozes. Quase todos os dias se repetiam as mesmas cenas.

A moda do carro – forte passou, pelo menos da forma que se dava, outras tantas vieram até que, recentemente, nos municípios pacatos do interior dos estados do nordeste, agências bancárias se tornaram alvos fáceis e preferidos dos chefões do crime. Quadrilhas fortemente armadas e especializadas em tal prática, impõem o terror, mostrando a que vieram.

De forma técnica, precisa e altamente profissional (quem os treina, hein?), se dividem em algumas ocasiões, em dois grupos: um se encarrega de atacar a delegacia, e o outro, de assaltar o banco.

Aracati, litoral leste do Ceará, cidade conhecida por sua hospitalidade e pela belíssima praia de Canoa-Quebrada, recebeu no dia 21 de agosto passado a inoportuna visita de um desses bandos.

A agência do banco do Brasil foi explodida e, no mesmo instante, do outro lado da cidade, a delegacia se tornava alvo de tiros, numa tentativa de ganhar tempo para alcançar seu objetivo.

No último dia 19, um grupo de dez homens armados com fuzis, metralhadoras e dinamites, arrombou os caixas eletrônicos da agência do Bradesco de Palmácia, cidade de doze mil habitantes, distante de Fortaleza apenas 60 km. Esse foi o segundo ataque à agência este ano, que já teve os caixas explodidos no final de maio.

Das 25 agências explodidas no interior do Ceará, 17 foram do Banco do Brasil e 8 do Bradesco.

Diversas cidades já experimentaram essa afronta. As que permanecem intactas, perguntam: será que seremos as próximas?

A realidade é que um novo tipo de cangaço assombra nosso querido nordeste. Os lampiões do crime riem à toa, pois a facilidade que se tem hoje não é diferente da do tempo do cangaço. O que mudou foi apenas o espaço geográfico, pois o efetivo policial continua ínfimo. Até meu filho de seis anos de idade, consegue contar nos dedos, sem nenhuma dificuldade, quantos policiais fazem a segurança do município de Aracati.

Bem, preciso parar por aqui porque o telejornal vai começar...