Por que eu escrevo? (citando Patativa de Assaré e Mário Quintana)

“Para cada canto que eu olho, vejo um verso se bulindo”

Patativa de Assaré

É assim que enxergo a vida... Poesia nas coisas mais simples.

Não precisamos ser formados em alguma faculdade para sentir a beleza que existe em nossa volta.

Às vezes, me questiono...

Aliás, sempre me questiono!

Por que eu escrevo?

Tenho uma ânsia louca, um desejo desmedido em imprimir nas letras do Office ou em um pedaço de papel qualquer, os rascunhos de meus sentimentos, das minhas atribulações, do calor que aflora em minha pele fazendo o corpo transpirar.

Esse meu vício que me assola, por vezes em lugares inoportunos, em locais que não tenho à mão nem um mísero pedacinho de papel.

Crio versos em minha mente...

Versos que durante os afazeres de casa ficarão perdidos, vagando por lugares sombrios de meu cérebro, teimando em se esconderem como um jogo infantil de pique - esconde.

Ah meu velho tempo de infância, onde tudo era completamente inocente!

Mas a ordem da vida evolui, crescendo e com ela as responsabilidades!

Emoldurando e formando outros temas sobre o prisma de meu olhar.

Quem me dera poder ler todos os livros que eu quisesse...

Ter em minhas mãos pelo menos a menor porcentagem de conhecimento.

Quase sempre preciso estar só, para colocar minhas idéias em ordem.

Eu sempre digo, para algumas pessoas: antes de estar mal acompanhada, nada melhor do que a companhia de um bom livro.

E o grande poeta Mário Quintana vem frisar o meu pensamento: “O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.”

Iniciei o meu passeio na literatura, pela poesia...

E como pode existir alguém que não goste de poesia?

Poesia traduz minha alma, através da poesia consigo externar os meus pensamentos e sentimentos.

“Mas por que datar um poema? Os poetas que põem datas nos seus poemas me lembram essas galinhas que carimbam os ovos...” (Mário Quintana).

Lá vem o grande mestre novamente!

Pois é, mais uma identificação...

Escrevo minhas poesias, meus versos e tão logo catalogados em mais um de meus inúmeros fichários. Mas sem necessidade de datas.

Para que relembrar números? O que importa é a sensação que a poesia ou o conto lido vai nos trazer.

“A poesia não é uma coisa idiota: a poesia é uma coisa louca!” (Mário Quintana).

Meus versos, embora alguns tristes...

Outro dia me escreveram e concordo plenamente: A poesia construída na tristeza, os versos se tornam mais lindos e ricos.

“Um poema que ao lê-lo, nem sentirias que ele já estivesse escrito, mas que fosse brotando, no mesmo instante, de teu próprio coração” (Mário Quintana).

Não só relembrando Mário Quintana, mas como seria se pudéssemos ter a oportunidade de sentar-se a frente de grandes mestres e poetas... E nos deliciar com sua arte...

Eu ficaria horas por horas a fio sem pestanejar, ouvindo... Bebendo cada palavra e saciando um pouco da minha sede de conhecimento!

Por que eu escrevo?

Talvez, ainda eu não saiba responder a esta questão.

Meus pensamentos entram sempre em ebulição.

Enquanto, não consigo chegar a uma conclusão,

Sigo o caminho que me sugere o meu coração.

Citando outra vez:

“Um poeta sofre três vezes: primeiro quando ele os sente, depois quando ele os escreve e, por último, quando declamam os seus versos” (Mário Quintana).

Só mesmo um grande poeta para me ajudar a decifrar este enigma:

“Só a poesia possui as coisas vivas. O resto é necropsia” (Mário Quintana).

FABBY LIMA

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 03/10/2013
Código do texto: T4509514
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