A FOME.
Oitocentos e quarenta e dois milhões no mundo passam fome. Quase um bilhão da população mundial passa fome, uma calamidade e vergonha para quem não passa essa necessidade extrema. Guerras se fazem, mas nenhuma pela proteína que mostra crianças descarnadas e visíveis seus ossos.
Treze milhões e seiscentos mil (13.6 milhões) brasileiros passam fome, e o governo tem a coragem de em arroubos pontificar, o verbo é esse, pontificar melhoras quando rios de dinheiro são desviados por tranquila, impune e avassaladora corrupção que cresce em progressão geométrica. Está aí a Polícia Federal a buscar e apreender carros de luxo, usinas de dinheiro, decretar a justiça bloqueio de patrimônios dos fraudadores onde consciência e nada são a mesma coisa.
Farsantes da coisa pública tendo alguns a coragem de vir a público defender excessos vergonhosos.
E todos são prestigiados uns por outros nessa tribo de desfaçatez que se chama corrupção e cujo símbolo é o dinheiro indevido.
Ontem assisti entrevista de um ser diferenciado, um rabino de grande envergadura e sabedoria, tradutor do talmude e segundo homem conhecedor de línguas em todas as vertentes antigas, do aramaico ao hebreu e tantas outras. Disse em certo momento que esperam as pessoas que alguém possa trazer verdades definitivas, vaticinar, predizer algo como salvacionista, mas não é assim, afirmou: se você me perguntar o que vai acontecer com a humanidade vou dizer, não sei, e se me perguntar o que vai acontecer dois dias após vou dizer não sei.
E muitos, se acham salvacionistas como no Brasil, e dizem que fazem isso e aquilo, com milhões passando fome, quando outros têm suas consciências compradas com misérias que não deixam morrer, mas ferem a dignidade, estão mortos e não sabem.