Os dias que acordei sozinho
Chega de andar de balanço, a minha mãe não vai mais me balançar e não vai mais me assegurar quando eu estive caindo.
Quando cheguei ao meu corpo naquela manhã,percebi que o meu escudo apodreceu minha base só tinha meus joelhos ralados e a dor de ver a minha unica amiga embora pela porta da frente.
Até gritei, chorei, mas ela partiu sem me dizer adeus e talvez os planos dela era se livrar pra não sentir a dor do passado.
Dias se passaram e eu continuo aqui a procura da mãe que perdi, naquela casa branca com flores na parede, tentando disfarçar a dor, no meu sorriso debochado,pois tenho que estar em pé pra seguir meu caminho segunda-feira.
A carência bateu, meus sentimentos estão pulando fora do corpo e a pessoa que eu tinha pra compartilhar está misturada na razão dos outros e enquanto eu boto um plastico encima das feridas.
Uma e cinquenta e seis da madrugada estou me sentindo,tão sozinho,parece aquele do balão do aniversário que saio do cordão e esta voando sozinho no céu,me sinto sem pai, mãe, irmão, uma incógnita, De onde eu vim?Aonde estou?Quem será o personagem do mês?
Sei que não sou bom,guardo mágoas,rancores, desafetos, dividas,mas prometo melhorar sem acumular carma para o próximo mês.
Não vou desistir de procura-los, eles devem estar no próximo bairro,na esquina torta ou aqui no quarto do lado é só gritar.
Preciso daquele amor escondido, aquele do lado mais estranho do coração,que eu possa vasculhar em qualquer lugar la na rua e dizer:- Venha, te levo embora e não vou te deixar mais sozinho.
Meu cantor favorito nos ouvidos, vou embora tratar de botar um retalho no coração e ir caminhando no meio dessa humanidade vazia.
Sem réplicas e tirando minhas conclusões,ganhei asas pra voar é só querer chegar no céu e seguir no caminho certo e basta largar os sentimentos confusos e ofensas claras, pois tenho que me acostumar, que hoje eu acordei sozinho novamente.