FILOSOFIA DE BOTEQUIM.
Nós, pobres coitados, se muito, grãos do cosmos, questionando o inquestionável, enfrentando o inevitável, pretendendo explicar o inexplicável , como crianças em folguedos não permitidos, inteligência pequena, passos curtos pretendidos gigantescos, sem nada saber sobre a vida e seu surgimento e pretendendo assentar discursos sobre a morte, penetrar nos segredos da alma, santuário inexpugnável, e ir além para entender o pensamento, limitado à barreira de rede elétrica de neurônios.
Lá no botequim se discutem verdades possíveis, o futebol, a vergonhosa política que rouba e se vê na televisão e nada acontece, e as intenções de voto para quem rouba ainda aumentando mais, depois de recolhidas manifestações públicas, a compra da miséria dos miseráveis desaparelhados, captados pelo marketing odioso, o fim do ano que chega e o cartão de crédito sufocado acolhendo um pouco mais de ar, terá um pouco mais de oxigênio com o décimo-terceiro para se afogar em mais dívidas.
Verdades alcançáveis, simplórias e malditas, que trazem uma felicidade aparente para o povão, que seja, faz morrer menos o morto, ressurge vivo e acreditado nesse milagre por momentos.
Diante da eternidade do inalcançável, fiquemos com nossa pequena estatura e gastemos nossas restritas luzes com as verdades que estão sob o arbítrio de nossos sentidos. Não nos enganam, já satisfaz o "logos". Elas pelo menos podem ser vistas, embora com sofrimento por dizimarem as pessoas que nada sabem, nem que são pessoas.
FILOSOFIA DE BOTEQUIM...