Uma triste Crônica…
Andávamos pela minha casa, eu e ela, riamos e ouvimos boa música, até que em meio a uma das canções eu parei na sala, me aproximava dela, e de maneira até que sutil lhe roubava um beijo.
Ela sem nada entender empurra-me contra ela e questiona-me o porque da brincadeira sem graça, e eu atordoado lhe asseguro que a atitude era das mais sinceras possíveis, e ela ao ouvir isso abre um lindo sorriso, puxando-me contra si mesma e devolvendo um beijo ainda mais apaixonado, o mundo agora girava devagar, quase parando.
Alguns segundos depois a ficha cai, o que só me encheu de mais felicidade, tamanha felicidade era somente afetada por um pequeno medo lá no fundo, o de que ela por mais que não demonstrasse, tivesse qualquer receio de se entregar profundamente, talvez achando que eu fosse como todos os outros. Senti vontade de puxa-lá pelo braço e sair gritando aos quatro ventos que confiasse em mim e que a faria feliz, deverás feliz. Mas não. Mexi um braço, estiquei uma perna e bocejando acordei-me em plena madrugada, e senti-me como uma criança que corre num campo florido e lentamente aproxima-se do mais belo pássaro e ao chegar perto e tentar segurar-lhe tem que o assistir levantar voo no horizonte, ou como uma aguia que voa céu a fora o mais alto que pode e repentinamente tem suas asas bruscamente cortadas. E senti o forte baque, cortadas talvez pela ironia do destino ou como prefiro acreditar pela ingênua maldade do meu subconsciente. Nunca senti-me tão triste ao acordar e descobrir que não passa de sonho antes, por mais que já tivesse sonhado em ser presidente da republica, reinar sobre os 7 mares, ser o homem mais poderoso do mundo e até o mais rico. Mas dessa vez sonhara em ser simplesmente o mais feliz, sei que é triste a crônica, mas em nada alterei-a para que fizesse parecer mais triste ou mais bela. apenas a contei. triste, triste mas verdadeira… “Eduardo Henrique”