Quando Morri

Em cada fase da minha vida,quando bate aquela crise existencial,eu sempre me mato,faço um chá do veneno mais poderoso,o da realidade!

Preparo ele com maior com maior carinho,aqueço no fogão,misturo aquele pó que não posso revelar a noite,sento na cama e tomo.

Quando acordo vejo um novo rapaz,ainda com o efeito do chá fico com um mal humor dramático,do almoço até a janta,já quase meia noite,começa as pessoas as ruins a se manisfestar,aquela coisa que tortura por dentro,a inquietação,as falas mal resolvidas e dali eu vejo que chá já está me fazendo efeito e novo Maicon, está voltando zero,tudo em branco,que chaga a ser inocente de ver.

É difícil me matar sabe,tenho juntar trechos,portugueses,pessoas soltas dentro de ruínas,coisas que não alteram mais e o pior tenho que fazer um novo coração,um hábito do mapa que é muito difícil,por que este novo rapaz acorda sempre com um caminho diferente.

Levanto seis horas antes dele e espero ele acordado no sofá,que é quase duas horas da tarde,mas prometi cuidar dele,pois eu ainda sou o antigo e o remédio ta recém no começo.

Quando resolvi me matar,foi naquela quinta com cara de sexta,atravessando a ponte percebi que esta tudo fora do eixo,pessoas,julgações,desencontros, pedidos,carinhos incertos,dai aquela caminhada foi certeira pra me reconhecer.

Já vim e torturando com frio,pensando qual seria o melhor remédio pra poder me matar,pensei naquele,mas aquele já tinha usado há dois meses atrás,já sabia o efeito.

Quando cheguei em casa,já fui direto ao guarda-roupa,guardei objetos cortantes e vícios contaminantes,dali pensei,o que eu queria me renovar.

Este fim de semana foi o melhor isolamento que já fiz,fiz decretos e resolvi parar de jogar dinheiro pro alto,parei de fumar e fiz uma escolha fiel comigo mesmo de parar de misturar amizade com a minha vida pessoal e aquelas pessoas que me querem ver pelas costas,vão me ver mesmo partindo da vida delas,cada um no seu balão,cada um com suas cabeças e coração... Ah e a fé? Ta ali é só chamar que ela vem!

Voltando ao quarto,caminhei até o fogão,botei o chá na xícara e sentei na berrada da cama e tomei...

Me acordei há dois dias atrás e os efeitos já estão no meu organismo,posso dizer estou limpo, ainda com o pensamento em transição,pois o passado ta um passo de mim morto.

O que levei desses dias,foi que o orgulho é maltrata destrói,que as pessoas são as próprias armas pra elas,uns vivem num mundo deles,outros com mortos,uns inconscientes,outros vivem pra outros,uns na vida dos outros e assim vai.

Mas percebi várias coisas,não podemos perder a base da vida,sempre com pé no chão e coração na mão da mãe.

Há,já ia esquecendo meu nome ainda é Maicon e sofro de insônia constantemente ainda resido na mesma casa com os mesmos valores,só me mataram na quinta e reencarnei na sexta com sede de viver,pois é matando as coisas ruins por dentro e da volta também é que aprendemos que quando as coisas e pessoas começam a prejudicar é melhor nos matar literalmente,e acordando no dia seguinte novo e vivo pra poder seguir em frente.

Psicopata Perdido
Enviado por Psicopata Perdido em 27/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
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