Estou indo Maria

Prometo que volto nas férias,vou indo embora sem prometer lágrimas do meu inocente sentimento e prefiro deixar aquelas engolidas dolorosas que chegam arranhar minha garganta curiosa.

Adeus Maria,não quero me subestimar e nem sumir,só quero amenizar minhas angústias e venenos maus adquiridos e fabricados pelos os humanos.

Maria me deseje sorte,mas não com aquele desprezo,mas sim com aquele olhar que dá um empurrão e que meus pés deliram ao tocar no solo.Quando a porta fechar,sentirei arrepios,aqueles gestos que eu desejava,amores sem nenhum titulo e atributos e ,eu só que fui embora pra me conhecer melhor.

Maria estou indo,vou deixar meu lance aqui,aquela bicicleta velha,o brinco de fetiche pra você se recordar da minha orelha.

Maria,não me lembre dos momentos,nem das fadigas e muito menos daquela noite que deitamos uma hora da madrugada sem saber o por que.

Maria estou indo,sem rancor,mas com dúvidas de quem eram aqueles que me rodeavam e queriam meu mal e juro o meu objeto de defesa está aqui,as conquistas foram ensaiadas é só praticar.

Maria,falta poucas horas,estou ansioso,nervoso,meu espelho reflete aquela estrada quente sem destino final.

Maria meu olhar,está cansado meu corpo está gordo e os meus objetivos estão tortos,mas sei bem é só pensar positivo.

Estou indo Maria,não me julgue e nem me estranhe,''ta'' eu sei,aquele negrinho da costeleta eu não vou mais ver,fique tranquila,o comprimido emociona já está me fazendo efeito.

Maria vou em busca da minha origem,da casa da vovó e tirar esta carga ruim daqui e de olhos famintos querendo o que tenho.

Maria vou lá,vou deixar aquela em uma caixa mágica e abrir quando a sorte passar e arregaçar as mangas e fazer a mágica da minha liberdade.

Maria vou sóbrio viu e sempre no colo de mamãe,sempre sensível e meigo,com algumas pitadas do meu pó da falsidade.

Maria,eu te juro,vou fazer certo sem te decepcionar,apenas hoje estou confuso e preciso de uma base pra minha mãe peço a Deus que tenha alguma piedade dela.

Maria estou indo,vou deixar aquelas bermudas cinzas pra ele,o lixo.Já peguei o aquele patuá pra me guiar no caminho e já fiz saques é só ir,sem pensar mais vezes.

Eu sei maria,aquele momento cachorro sem dono já acabou e aquela sátira daquele lugar longe vai me modificar um pouco.

...

Eu estou no meio do caminho Maria,meu corpo já sente a minha cabeça reflete o fim de todas aquelas angústias,estou no caminho Maria.

Pensando aqui,até achei que ia ficar,mas meus pés pediram um novo horizonte e eu entendi que dessa vez a minha boca vai ter que ficar calada e vou tentar viver assim até me definir.

Estou quase chegando Maria,claro eu sei nada é pra sempre,eu queria ficar mais uns anos naquela casa,me lembro das paredes tudo descobertas,aquelas janelas que amava,o banheiro que venerava...Eu sei Maria nada é pra sempre.

O que vai me restar vai ser as lembranças saudáveis,até do drama a lama,da bebida,da atuação,a minha libertação sexual,lembro das visitas indigestas,dos banhos consagrados e lembro mais,as coisas coisas variadas pra baixo do tapete foram tiradas hoje e já está na sua nova moradia,o lixo do meu esquecimento.Estou lembrando de mais coisas,das bagunças,besteiras da discussão e da daquela partida com a volta não ida,pois é Maria está chegando perto da minha nova moradia.

Apertei a mão do destino e selei um acordo com a minha alma,que serei sempre grato pra quem muito me deu conselho. Mas agora sigo um novo rumo e três segundos de botar o pé no chão Maria só tenho uma coisa a dizer CHEGUEI.

(Esta cronica foi feita,no dia que fui morar em outra cidade com meus pais.)

Psicopata Perdido
Enviado por Psicopata Perdido em 26/09/2013
Reeditado em 28/09/2013
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