Texano mata “Jesus”
Deixo a interpretação para você, não sem antes advertir que as aparências enganam, e muito. A única observação que faço é que, a vida, ou o destino, é cheia de ironias, detalhes curiosos e, principalmente surpresas. Quanto a interpretar o que se lê ou mesmo o que se vê, tenha cuidado, vá muito devagar. O contexto é tudo, muda todas as perspectivas.
Lá estava um rancheiro, no Texas, cuidando de seus afazeres, quando alguém o chamou em desespero. Tinham visto um homem pegar sua filha pequena pela mão e entrar num matagal. Claro, coisa boa não é. O pai, desesperado, vem correndo em socorro da filha. A cena que ele vê, vou poupar a todos da descrição. Só posso dizer que o monstro estava para abusar de sua filha. Não conheço os detalhes. Não sei se a filha viu a cena que se seguiu ou não, mas o texano começou a dar socos na cabeça e no pescoço do indivíduo até que ele ficasse desfalecido. Depois chamou o serviço de emergência descrevendo o ocorrido e pedindo socorro pois achava que o fulano estava morrendo. A família da criança, chegando ao local, ainda tentou ressuscitar o tal do Jesus, apesar da monstruosidade que ele estava para fazer. Ele, entretanto, morreu.
Uma tragédia, em todos os aspectos. Duvido que algum pai ache que o texano tenha errado, por mais que seja por direitos humanos. O que eu quero apresentar aqui, é a brincadeira que o destino às vezes faz, como disse acima. O nome do pervertido era Jesus Flores. Seus pais já tinham “Flores” como sobrenome, por que arriscar e colocar o primeiro nome de “Jesus” no filho? É muita responsabilidade. Anos depois, como de fato aconteceu, o infeliz coloca-nos todos diante dessa situação que é uma aberração. O nome da cidade? “Shiner”, “pessoa ou coisa que brilha”. Quanto ao pai, está sendo considerado “Best Dad Ever”, mais ou menos significando “o melhor pai do mundo”.
No Texas, a lei permite que se use força mortal para se proteger uma criança que está sendo abusada. Dessa forma, o pai não sofreu acusação nenhuma e foi liberado. Muita gente pode achar que a justiça deveria seguir seu curso normal, com um julgamento e tudo mais. Você, pai, arriscaria? E se os jurados decidissem que o “Jesus” era inocente? Só posso dizer que “o melhor pai do mundo” resolveu não arriscar. Foi assim que um texano acabou matando “Jesus”.
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