MEUS RASCUNHOS
Há meses não escrevo mais nada aqui neste nosso espaço. Por um lado, é falta de tempo, pois sou um daqueles malucos que se interessam por uma enorme variedade de assuntos e atividades. Por outro lado é a insatisfação com os textos já escritos e publicados. Às vezes me parece que tudo o que expus são textos sem valor. Gostaria de escrever coisas dignas de um grande literato, crônicas e contos que chamassem a atenção por serem de qualidade. Mas não consigo ser o "tal" escritor.
Não consigo mas pelo menos tento. O que me ajuda é esse lugarzinho para guardar meus rascunhos. Todo texto incompleto fica arquivado, esperando ser um dia retirado, aprimorado, concluído, publicado. Mas é sempre mais provável que um rascunho continue rascunho para sempre.
De vez em quando dou uma olhada nessa página que só eu posso ler. Já são tantos os rascunhos, são dezenas. Contos, poesias, crônicas, textos que começo e não consigo tocar à frente, muitas vezes pelo cansaço, pelo sono, pela preocupação com o dia de amanhã. A ideia pode ser interessante, mas na hora não sei como escrevê-la, falta tempo, deixo para mais tarde, e assim se acumulam tantos textos que ficam só no começo, ou na metade.
De qualquer forma, rascunhar é preciso, é pelo menos alguma coisa. Melhor que nada, pode daí sair um texto digno de leitura. Rascunho não estorva nada nem paga aluguel para ocupar o seu espaço.
Assim como existe o rascunho e existe o texto acabado, existem também os escritores que se dividem em dois tipos. Há aqueles que escrevem direto, são hábeis na arte da escrita; outros rascunham muito antes de apresentar o seu texto acabado. Mas enfim, pelo talento ou pelo esforço, é preciso que cada qual diga o que tem a dizer. É preciso chegar ao ponto final.