AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA NÃO MENSURÁVEL

AS CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA NÃO MENSURÁVEL

“Não fale a Deus o tamanho dos seus problemas. Fale a seus problemas o tamanho de seu Deus”. (Autor desconhecido).

Devemos nos lembrar de que toda virtude é de bom alvitre para o ser humano, as celestiais passam pelo caminho da mansuetude. A cultivação do ódio, causa revolta, deseja de vingança; se não conseguirmos esquecer o mal que porventura nos tenham feito. Essa é uma façanha difícil de ser cumprida pela imperfeição da qual somos possuidores, no entanto pedir o afastamento de nossas dificuldades, dos nossos problemas, dos nossos fracassos, pode ser de difícil atendimento, pois sem as dificuldades não há lutas.

Devemos lutar sempre com avidez e força de vontade, para expulsar de nosso caminho a vertente do mal que pode dilacerar qualquer coração. Os homens a cada dia que passa se tornam inimigos um dos outros, visto que as sementes do egoísmo, da inveja plantadas em seus corações, brotam com força incalculável, que não podemos precisar os efeitos maléficos desse grão. O amor poderá vencer todas essas nuanças, desde que o imantemos de vez em nossos corações.

A via passa, mas os acontecimentos ficam registrados no passado, sejam bons ou péssimos. Explosão de indignações estoura em todos os cantos, no entanto, não sabemos por que tanto protesto, aliás, sabemos, mas não queremos alavancar soluções. Mesmo com reduções na adesão popular nas mobilizações de rua, não há como negar a forma do povo brasileiro protestar.

Uns fazem pacificamente, outros encobrem os rostos para não ser identificados e passam a fazer badernas de todos os matizes e o patrimônio público é brutalmente destruído. Em meio a conflitos e manifestações com consequências difíceis de imaginar, sobram teses que questionam por que não saímos das ruas? Nós não saímos das ruas porque ela faz parte das nossas vidas e já que não podemos esbravejar nos parlamentos, só nos restam às ruas e avenidas para espelhar nossa indignação contra a politicagem que se implantou no Brasil. Como diria o sociólogo Uribam Xavier, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC), por exemplo, as mobilizações foram apenas “transbordo” de indignação acumulada pela superação do modelo socioeconômico do governo do Partido dos Trabalhadores. (PT). A ocupação de prédios públicos e casas legislativas, que ainda une bandeiras e percepções políticas diversas nas ruas, somaram apoiadores no Ceará.

A estratégia, no entanto, divide especialistas, classe política e opinião pública. “A ocupação de espaços públicos é legítima. O que se torna complicado, é uma indecisão jurídica que não define a legalidade dos atos”. O governante não é dono do estado, mas quer ser. Enquanto houver desobediência civil legítima ou vandalismo, nenhuma solução será dada e os problemas continuarão. O vandalismo é a ação própria do vândalo, é a destruição do que é respeitável pelas suas tradições, antiguidade e beleza.

Mesmo com diminuição na intensidade, as manifestações continuam tomando as ruas do País. O vandalismo é prejudicial à democracia e, nos entristece, o fato de ver pichações homéricas por todos os lugares da capital cearense. As pichações tanto sujam, quanto enfeiam a cidade, demonstrando a falta de educação dos que agem assim. Jogar lixo nas ruas é atitude condenável, mas a nossa cultura ainda não chegou ao ponto da sociedade fazer o que é certo, pois o lixo deve ser jogado nas lixeiras, ou que se faça um selecionamento desses resíduos que poderão ser reaproveitados ou reciclados.

Temos falado constantemente sobre violência de todos os matizes, a cúpula do governo tomou medidas para substituir todo o aparato da Segurança Pública, achando que o problema será resolvido. Ledo engano, pois o problema não é da polícia e sim social. Enquanto, os governos não atacarem de vez as causas da violência, ela continuará a nos perturbar. Desemprego, fome, miséria, falta de saúde, dificuldades na educação, ganhos abaixo da linha da pobreza, comércio informal são nuanças a serem combatidas para que tenhamos um status social mais sustentável. Se as mazelas continuarem esse estado deprimente não será solucionado. Outro assunto muito debatido no Brasil por parte do ex-presidente Lula e agora no governo de Dilma Rousseff chama-se “Comissão da Verdade”. Documentos negam a existência dos “porões da ditadura”. Segundo o documento, a cadeia de comando mostra que não existia vontade própria de um torturador. Não existe varinha de condão e nem milagres para solucionar o problema da segurança e consequente diminuição da violência.

Os assaltos a bancos continuam, os assassinatos se multiplicam, os furtos são notórios no cotidiano, a insegurança reina e a população reclama e ao mesmo tempo se protege. Nossa cidade, antes pacata, houve convive com a brutalidade humana. As praças, os logradouros públicos estão repletos de esmoleres, pois não existem moradias para inúmeros moradores de rua. As autoridades só sabem nos sugar com cobranças exorbitantes de impostos. Pagamos impostos na água que consumimos, no esgoto que usamos.

Pagamos imposto das casas onde residimos, a iluminação pública é custeada pelo consumidor, pagamos por planos de saúde, pela limpeza pública, pela telefonia que usamos, enfim temos que desembolsar muita grana. Essas verbas recolhidas às cofres da nação não são bem utilizadas, visto que a ambição política é um câncer metasteseado que consome tudo em forma de corrupção. Ficamos envergonhados em denotar uma gama muito grande de políticos enriquecendo a custa dos impostos que pagamos e o mais imoral é que eles são julgados e condenados, mas não são presos e nem devolvem o dinheiro surrupiado.

Estamos sendo violentado em nossos direitos, pois até a Constituição Federal que nos assegura direitos e deveres são desrespeitados e o que temos direito vai se escoando lentamente, se juntando ao lamaçal da corrupção maligna praticada por políticos indecentes e indesejáveis que estão no poder e não querem mais sair. O mundo das luzes está dando lugar às trevas, lutar é preciso, não contra nossos semelhantes, mas contra aqueles que burlam nossos direitos. Desanimar nunca, recomeçar todo dia e trabalhar honestamente sempre, mesmo que tenhamos fortuitos afanadores do dinheiro público a nos perturbar. Acreditamos que um dia a justiça açambarcará todos eles de roldão e que os porões escuros das penitenciárias os recebam e que lá paguem por seus pecados. Chega de inferno, de sofrimento, de padecimento, de usurpação, de violência, de mortes violentas, de assaltos de sequestros relâmpagos, do consumo exagerado de drogas, de álcool, de badernas, de terrorismo, pois almejamos felicidades. “O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”. (Allan Kardec).

Estamos também entorpecidos com a atitude da maioria das religiões que só almejam o vil metal ou o materialismo, em detrimento da espiritualidade. Senhor nos ajude a viver traçando o caminho que devemos seguir sem sermos alcançado pelo mal. Mantenha-nos longe dos arruaceiros, dos violentos, dos meliantes, dos assaltantes e dos políticos corruptos que infestam nossa nação. Pense nisso!

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DO PORTAL CEN- DA AOUVIRCE- DA UBT E DA ALOMERCE.

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 25/09/2013
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