Barafunda
Ando tão sem mim ou fora de mim.
A espera que alguém me encontre aqui, escondidinha dentro do meu eu.
Coração calado, quase parado, mas olhos gritantes escondem atrás de um brilho ofuscado e triste em mim, quem sou eu?
Eu.
Eu sempre eu, pobre de mim, base, mas em quem me apoiar Deus.
Ainda assim duvidas me seguem e me exigem.
Não sei se choro ou sorrio se sinto calor ou frio desconhecido amor não vivido ou não sentido.
Base.
Base sempre fase, que não passa nunca, se amadureço, se escondo desejos em mim, quem sabe distinguir, não o meu eu.
Pra que saber se não ter, és a questão ou não.
Sinto falta de algo, apesar de ter um dia cheio de tudo um vazio me persegue.
No mesmo tempo em algum lugar eu queria ir, mas fico.
Preciso.
O dever que escolhi pra mim me chama, tarde demais...
Quem mandou eu ser assim, agora não adianta reclamar com tempo ou o vento.
Só sei ser assim, fazê oquê?
Seja lá quem for, chegue logo, apareça e ocupe seu lugar antes que eu enlouqueça.
Venha de algum lugar, pois coração vazio não pode ficar.
No entanto ou por enquanto vivo numa barafunda total interior.