SOBRE JESUS CRISTO.

Lucrécio, poeta romano, bem antes de Cristo nascer como luz única a indicar o Primeiro Movimento que todo mundo de mediana sensibilidade percebe no processo causal, que tudo é, afirmava que crenças e deuses, então incontáveis deuses, eram criados por temor da morte, uma certa infantilidade de criar algo ou alguma coisa contra o inevitável, quase uma inocência, como o possível temor suscitado pelo texto que você enviou ontem de alguém que discursa sobre o mesmo medo de forma fragilizada na recepção do indiscutível. Certezas de São Tomé nos trouxe Aquele que você identifica como um espírito maior. Não foi só isso, o que todos somos, um espírito e Maior, Ele foi muito mais, espíritos maiores como de Gandhi, Confúcio, Sidarta Gautama entre outros, também espíritos e maiores, não passaram de dimensões diminutas diante de quem foi o marco da era gregoriana, antes e depois dele, um pequeno sinal para se perceber um pouco mais. Estou enviando um trecho singelo que muitas pessoas me agradeceram por passarem a entender melhor, simplicidades que são por vezes complexidades. Abração. Celso

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QUEM É DEUS?

Ninguém viu, ninguém conhece, ninguém tem acesso; ninguém. Ouve-se e discute-se sobre fé, ela nos “mostra” Deus, os vários seguimentos de religiosidade, hermeticamente.

Livros sagrados foram escritos. Por Deus? Não, pelos homens, todos os livros grafados pelos homens, considerando Deus. Nesses repertórios, livros, que seriam de origem divina, conforme preceptores de decretos e desígnios de Deus trazidos pelos homens, havia uma sinalização forte e clara. Surgiria um Messias. Ele seria a ratificação da existência sinalizada, ainda não concretizada.

“Quem é Deus?” Em princípio falta concretude, forma. Se não temos “Quem é Deus”, inacessível como entidade máxima do universo por Ele criado, universo disforme passado a informe, como explica o “Gênesis”, temos a carne viva e o corpo martirizado de quem foi o Messias, negado somente pelo seu próprio povo, o judeu. Mas ele foi visto em carne, corpo, forma. Muitos O conheceram, Jesus Cristo. Viveu entre nós, os homens, foi homem como nós. A história didaticamente, cientificamente registrou, como ciência que reporta e formaliza. Foi um homem secularizando exclusivamente o verbo, sua dicção, nada escreveu. Não precisou escrever para ser lembrado, não era um ser comum.

Isto por si só já O faria notável e singular na humanidade, a apontar a divindade pela exclusão de qualquer outro ser vivo semelhante, embora muitos e muitos tenham se celebrizado por pensamentos e ideias, nenhum se nominando Filho de Deus, fenômeno que atravessa dois mil anos crescendo sempre sem oposição, desprezível a que se possa fazer, ocorrente.

Continua em números e conteúdo ganhando força cada vez maior, Jesus Cristo e sua notável lei moral.

O valor não é a verdade em si, mas o esforço por atingi-la. Que haja nosso esforço. Milhares sofreram nessa espinhosa tarefa, não deixaram suas reflexões ao relento que congela o pensamento.

Deus não é a “ilha feliz” como descreveu no imaginário Thomas Morus em sua “Utopia”, não nos chega pela passividade. Utopia quer dizer em nenhuma parte, em nenhum lugar;”U” e “Topus”, não e lugar.

Deus não é utopia, sonho, mas realidade. Seu corpo está no Messias, foi e se fez visível para a criatura crer no seu Pai, foi forma.

“Messiah” ou “Meschiah”, em hebraico; “Cristhós” ou “Eleimmenos”, em grego, “Unctus”em latim ; Ungido.

Deus, o Pai, planejou encerrar as ideias espirituais da sabedoria eterna desconhecidas à multidão cega, à humanidade que se fez independente, não compartilhando a fraternidade como queria o Pai. Rejeitaram o Cristo. Dessa e por essa forma tentaram alguns vestir a figura do Messias como esperança consoladora e sob essa crença apontar Ezequias como Messias, e não ser o messianismo da antiga aliança dogma, artigo fundamental. E chegaram ao ponto de estabelecer a contradição das contradições, contestando a qualidade de Messias de Cristo criando contestação a essa tese.

O Messias para eles seria aquele que daria o banquete onde seria servido o famoso peixe Leviatã, e seria morto o touro de Beemot, que de tão grande comeria o feno de mil montanhas diariamente. Assim seria a festa de sua chegada. Mas depois de descrever essa chegada, afirmam que “reconhecer um homem-Deus é abusar de si próprio, é forjar um monstro, um centauro, o bizarro composto de duas naturezas que não podiam se aliar”.

E muitas e muitas outras desfigurações deformadoras do Cristo o que faz compreender a falta de paz no encontro da “Terra Prometida” como a história vai pontuando, configurando uma sanção.

Deus é seu Filho, e a Ele se chega desta forma, pela carne, pelo Deus feito homem como nós. A “multidão de cegos” não O vê e nem mesmo se pergunta o quê de extraordinário tem esse Ser, único, incontestado em soma incalculável em sua jornada acreditada por incontável parcela de humanos como Filho de Deus.

“Eu sou o caminho, a verdade, a vida”. Eu, Jesus Cristo, sou Deus. Eu estive aqui, entre vocês, os homens, me fiz carne, dei testemunho, sou Deus e fui forma.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/09/2013
Código do texto: T4496364
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