TEMPO

(Escritos inspirados em palestras do Lázaro Freire www.voadores.com.br/lazaro)

Coisa difícil é ensinar sobre algo que só faz sentido quando é bem vivido, mas o professor ensina, verbalizando idéias que para muita gente, nem pensamento se formaria. Ele fala da mente, do consciente e do inconsciente. Cita Freud, Jung, Wilber e tantos outros, cita até Buda, Jesus ou Krishna, se for preciso, se for necessário, tudo para que a mensagem chegue ao local exato. Se houvesse tempo para explicar melhor, mas não há. Duas horas escorrem pelos ponteiros do relógio, "coincidência", pois é do tempo que ele fala agora, e em perguntas, diz:

“ Por que os dias chatos se arrastam?

Por que os dias bacanas voam?

Por que os sonhos parecem durar forever?

Por que o tempo é tão relativo?

Qual é o segredo por trás do Deja Vu?

Inconsciente ou truque da mente?

Ficou doente ou mais consciente?

Isso também ocorre com tu?”

Todos levantam as mãos e olham para o lado assustados. Não são loucos sozinhos, são loucos acompanhados.

“ O tempo foge das mãos feito água

brincando de esconde-esconde

Toda vez que tentamos capturá-lo

O tempo é esperto e sábio

Quando queremos que dure mais, ele dura menos

Quando queremos que dure menos, ele dura mais.”

Não existe forma melhor de passar uma informação que ensinar com perguntas, suscita a dúvida, faz raciocinar. Ele assim faz, e todos percebem que o tempo assim como a mente e as nossas certezas, é bem relativo.

“A percepção do tempo pode ser relacionada ao grau de nossa consciência”, ele explica e temos a impressão que o tempo corre. Se o tempo pudesse durar mais, se pudéssemos ser como o Yogue, que está realmente acordado, enquanto estamos sonhando; mas ainda estamos dormindo, por mais que juremos que estamos acordados.