O ARTIFÍCIO DA PONTUAÇÃO
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Há quem diga que a pontuação não é tão importante em um texto. Outros afirmam que sua importância é secundária e não chega a comprometer o texto. Eu, ao menos, acho que a ausência ou o emprego inadequado dos recursos da pontuação pode comprometer a clareza do texto. E, em certos casos, induzir o leitor a uma interpretação equivocada de uma frase, ou mesmo de um período. Para comprovar minhas afirmações, recorro a um clássico exemplo das consequências de uma frase sem os recursos da pontuação:
Pedro Pedra, um rico comerciante, sentindo que não lhe sobrava muito tempo de vida, escreve, às pressas, seu testamento, deixando de lado a pontuação: "Deixo meus bens à minha irmã não ao meu sobrinho jamais será paga a conta do alfaiate nada dou aos pobres".
O sobrinho de posse de uma cópia do testamento pontuou: "Deixo meus bens à minha irmã? Não. Ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres".
A irmã, também de posse da cópia do documento, pontuou: "Deixo meus bens a minha irmã. Não ao meu sobrinho. Jamais será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres".
A cópia chegou às mãos do alfaiate que pontuou: "Deixo os bens a minha irmã. Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do alfaiate. Nada dou aos pobres".
Chega a um pobre, instruído, que trabalhava para o comerciante: "Deixo meus bens a minha irmã? Não. Ao meu sobrinho? Jamais. Será paga a conta do alfaiate? Nada. Dou aos pobres".
Depois dessa, só resta este conselho: procure pontuar, pelos menos, seu testamento. ®Sérgio.
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Se você encontrar omissões e/ou erros (inclusive de português), relate-me.
Agradeço a leitura e, antecipadamente, qualquer comentário. Volte Sempre!