MINAS HISTÓRICA

No ano passado, quando eu tive a satisfação e percorrer o circuito das cidades históricas de Minas Gerais, devido ao meu desregramento e “olho maior do que a barriga” nas comidas e bebidas que, juntamente com os colegas de caravana ingeri em larga, muito larga, escala tive que passar o último dia internado em Belo Horizonte, recebendo soro e outros medicamentos para contornar a homérica indigestão que me deixara prostrado.

Na ocasião prometi, a mim mesmo, que voltaria e, nesse finzinho de agosto/13, pude repetir o banho de imersão na arte barroca, na história, na culinária (com um pouco de moderação) e na cultura mineira.

Junto com Márcia (a esposa) visitamos a gruta do Maquiné, Cordisburgo, apenas de passagem porque o prefeito proibiu a entrada na cidade dos ônibus de turismo, (não dá para entender a lógica desses políticos!), mas vimos a casa elefante, e ao longe a casa onde nasceu o escritor João Guimarães Rosa (fechada para reforma), Congonhas do Campo, Tiradentes, São João d’El Rey, Mariana, Ouro Preto e Belo Horizonte, que foi projetada para ser a capital do estado, dentro das terras do antigo Curral d’El Rey.

Em cada uma dessas cidades, visitamos as igrejas, os museus, as lojas de lembrancinhas, os restaurantes e andamos, subindo ou descendo (nunca num plano horizontal), pelas ruas lajeadas entre os casarões setecentistas, que têm o poder de nos transportar para uma época que não vivemos, mas que nos inspira saudade.

Tiradentes estava com a população triplicada por conta do evento internacional de gastronomia.

Um ano se passou, mas as chuvas não vieram e o pó, que tem origem no vai-e-vem das pessoas no interior das grutas, está cada vez mais a cobrir a cintilação dos cristais de carbonato de cálcio, nas belíssimas formas das estalactites e estalagmites, em Maquiné.

Os iconoclastas de plantão escreveram seus nomes nas estátuas dos profetas do Aleijadinho, em Congonhas do Campo.

Em Belo Horizonte, visitamos o conjunto arquitetônico da Pampulha, o Pátio do Papa e vimos a rua onde a água da chuva ou os veículos sem freio sobem a ladeira (uma perfeita demonstração do que vem a ser ilusão de óptica).

Em todos os dias, nas três refeições principais, saboreamos, fartamente, as delícias da culinária mineira, salgada e doce e ainda trouxemos para casa o rocambole mais famoso de Minas que é produzido em Lagoa Dourada.

Infelizmente a extensa programação em apenas três dias, não nos deixou margem de tempo para encontrar os colegas recantistas Fábio Brandão em BH, nem Lilia Costa porque não paramos em Itabirito.

Mas haverá outra oportunidade e, podem ter a certeza de que, nós retornaremos.