MUDANÇA RADICAL
Não faço mais uso do açucar para adoçar meu café ou chá. Mas, ele, continuo a utilizar.
Hoje, em seu interior guardo pacotinhos de adoçantes.
Sinto, que a troca o deixa feliz, pois não perdeu o posto.
E, nem poderia. Afinal, está na família desde o dia 27 de fevereiro de 1926. Ele foi um dos presentes que meus avós maternos, ganharam de casamento.
Agora há pouco, bateu uma vontade de tomar um chá de maça com canela, bem quentinho, e lá fui eu pegá-lo, dentro do armário.
Sei, que ele, se sente feliz, sendo útil em seus mais de 87 anos de serviços prestados com carinho à minha família.
Fico pensando, se ele, quando foi dado aos meus avós, que na época moravam em um vilarejo, no fim do mundo, (na verdade, era uma reserva florestal) poderia supor, que quase um século depois, se mudaria para a cidade de Nova Iorque.
Realmente, foi uma mudança radical, saiu da roça, para uma das mais concorridas cidades do mundo.
Por tudo isso, tem muitas histórias, pra contar, o velho açucareiro azul de ágata.
Sentada em frente à ele, vejo que a vida não o poupou. Há algumas cicatrizes, resultado de batidas, quedas, que o machucaram, mas ele, igual a minha família, é forte. Resiste aos trancos da vida, e insiste em prosseguir.
Aguço um pouco o ouvido da alma, e consigo ouví-lo, quando me diz que, algumas batidas, deixaram marcas bem maiores em sua alma. Sim, ele tem alma, todo objeto tem, ou se quiserem, podem chamar de energia, eles não se importam.
Adiciono o adoçante ao chá. Mexo, sem pressa, e olho a fumaça, que se solta da xícara.
Sorvo devagar o líquido, enquanto as lembranças, envolvendo o açucareiro azul afloram em minha memória.
Em algumas, ele contribuiu para adoçar, momentos que por si só eram de pura doçura. Enquanto, que em outras, ele tentou adocicar acontecimentos profundamente amargos.
O açucareiro azul, é capaz de me fazer uma companhia pra lá de especial, em seu silêncio, diz tanto. Com certeza me concede material, para muitas e muita divagações.
(Imagem Lenapena- o estimado açucareiro azul)
Não faço mais uso do açucar para adoçar meu café ou chá. Mas, ele, continuo a utilizar.
Hoje, em seu interior guardo pacotinhos de adoçantes.
Sinto, que a troca o deixa feliz, pois não perdeu o posto.
E, nem poderia. Afinal, está na família desde o dia 27 de fevereiro de 1926. Ele foi um dos presentes que meus avós maternos, ganharam de casamento.
Agora há pouco, bateu uma vontade de tomar um chá de maça com canela, bem quentinho, e lá fui eu pegá-lo, dentro do armário.
Sei, que ele, se sente feliz, sendo útil em seus mais de 87 anos de serviços prestados com carinho à minha família.
Fico pensando, se ele, quando foi dado aos meus avós, que na época moravam em um vilarejo, no fim do mundo, (na verdade, era uma reserva florestal) poderia supor, que quase um século depois, se mudaria para a cidade de Nova Iorque.
Realmente, foi uma mudança radical, saiu da roça, para uma das mais concorridas cidades do mundo.
Por tudo isso, tem muitas histórias, pra contar, o velho açucareiro azul de ágata.
Sentada em frente à ele, vejo que a vida não o poupou. Há algumas cicatrizes, resultado de batidas, quedas, que o machucaram, mas ele, igual a minha família, é forte. Resiste aos trancos da vida, e insiste em prosseguir.
Aguço um pouco o ouvido da alma, e consigo ouví-lo, quando me diz que, algumas batidas, deixaram marcas bem maiores em sua alma. Sim, ele tem alma, todo objeto tem, ou se quiserem, podem chamar de energia, eles não se importam.
Adiciono o adoçante ao chá. Mexo, sem pressa, e olho a fumaça, que se solta da xícara.
Sorvo devagar o líquido, enquanto as lembranças, envolvendo o açucareiro azul afloram em minha memória.
Em algumas, ele contribuiu para adoçar, momentos que por si só eram de pura doçura. Enquanto, que em outras, ele tentou adocicar acontecimentos profundamente amargos.
O açucareiro azul, é capaz de me fazer uma companhia pra lá de especial, em seu silêncio, diz tanto. Com certeza me concede material, para muitas e muita divagações.
(Imagem Lenapena- o estimado açucareiro azul)