O V N I S
Nestes aeroplanos, projetos de aeronave, sem plano nenhum, teleguiado pelo vento, apenas, pelo olfato e pela irresistível vontade de viver, aventurar neste céu nosso de cada dia.
Noites e noites, milhares delas, estrelas, planetas e satélites, misturados com estes objetos voadores não identificados, com estes e aqueles momentos vividos, interpretados, a grande maioria, absoluta, esquecidos.
Lembro-me bem daquela noite, naquele dia, estrelada, eu projetado, as aeronaves e os aero-planos se confundiam com aqueles objetos voadores não identificados, com os pensamentos, nas alturas, tanto céu, tanto tamanho, o infinito e eu sonhando, a descoberta de uma nova era, era pra ser diferente, o sonho ou pelo menos o projeto do céu.
E foi, quase imperceptível, explodiu, a vontade, e nasceu o universo, um só verbo, ser, diferente.
E os planos, os aeroplanos, misturados com aquelas naves, aqueles objetos voadores não identificados e os pensamentos, confundiram os cérebros, quase aleatoria-mente, presos a este sistema terráqueo de interpretação, julgamento, nada convincente.
Pensamento e esquecimento, nossa sina. Triste e alegre. Depende destes planos, aéreos; destas naves, destes voadores objetos não identificados, destes pensamentos.