Ver TV

Claro que é normal não gostar de televisão por diversas citadas razões. Combinemos que a falta de conteúdos sedutores, a estafa das criatividades, o mau gosto, o objetivo meramente comercial, aliados a outras opções de entretenimento etc. determinam o afastamento de certa parcela de potenciais espectadores. Porém, para a massa menos elitizada culturalmente, mais desprovida economicamente ou simplesmente para quem é menos engajado na batalha das procuras a TV é importante. Como qualquer instrumento, este veículo pode ser de bom ou mau uso. Essa janela que mostra o mundo segundo as mentes que a controlam herda as tendências dos criadores de suas mensagens, tal como acontece com todos os veículos de comunicação. Recebe uma carga maior de rejeição dos seus críticos por causa de sua capacidade de penetração e, por conseguinte, do poder proporcional que possui de influenciar as pessoas. Contudo, o livre arbítrio aliado à capacidade de ser crítico com o que se vê é tão presente virtualmente quanto o será na vida real. A multiplicidade de ideias, a estética, a diversidade de temas e o nível de execução de cada programa podem ser avaliados para que se absorvam mais ou menos mensagens. O próprio veículo pode fornecer elementos para isso. Não que se substituam outras formas, outras fonte de informação por ela, mas se tenha em mente o mesmo processo de escolha que se usa para tudo que lhe for conveniente levar a sério. A televisão não é uma, mas muitas oportunidades de conhecimento. As pessoas que apreciam o seu lixo certamente o faz nas ações do seu cotidiano por absoluta falta de critério. Respeitados os sonolentos, os leitores, os ocupados e excluídos os fanáticos, a televisão é um bem a ser desfrutado.